Que futebol é uma das coisas mais imprevisíveis do mundo, todos sabemos. Principalmente quando se trata de um torneio mata-mata. Quando o regulamento é de pontos corridos, no entanto, na medida do possível, é mais "fácil" brincar de Mãe Dináh. Não no que diz respeito ao jogo em si, aos 90 minutos, claro, mas sim no que se refere ao certame como um todo - baseado numa série de fatores.
Antes do Brasileirão começar, não li, vi, nem ouvi ninguém citar o Cruzeiro como candidato ao título. Antes do Brasileirão começar, de fato, o Cruzeiro era uma incógnita, já que estadual não é parâmetro (para o bem ou para o mal), e que o treinador era novo, assim como vários atletas (novo no sentido de ser a primeira temporada no clube mineiro). Cinco rodadas após ter iniciado, porém, o campeonato parou para a Copa das Confederações, e Marcelo Oliveira teve tempo para treinar e conhecer melhor o elenco. Aliás, ninguém aproveitou tanto a parada para a Confederações quanto o Cruzeiro.
Quando digo que é mais "fácil" (repare nas aspas) prever o torneio de pontos corridos, baseado numa série de fatores, entre eles estão o plantel, a comissão técnica, o entrosamento e o comprometimento da equipe, o fator casa, e claro, a concorrência. Às vésperas da 10ª rodada, em especial influenciado pela força dos elencos, assumi três favoritos ao título: Cruzeiro, Inter e Corinthians. O tempo mostrou, entretanto, que Corinthians e Inter não brigariam até o fim pelo caneco. Em contrapartida, com o passar do tempo, justa e merecidamente, o Cruzeiro ficou definido como candidato único. Entre outros motivos, por não ter um ou mais concorrentes à altura.
Por isso, por essas e outras, pela qualidade do elenco (o melhor do Brasil), pela capacidade do treinador (logo será considerado o melhor do Brasil), pelo entrosamento do time (talvez o melhor do Brasil), pela força no Mineirão (e também fora de casa), pela ausência na Copa do Brasil (mais tempo para treinar e descansar), e principalmente pela falta de concorrência, não tenho receio em desejar ao Cruzeiro, a 14 rodadas do final, às vésperas de outubro, um feliz 2014.
Um comentário:
Belo texto, Carlão. Muito embora eu não concorde.
Tudo bem, a distância que o Cruzeiro criou é enorme, mas no futebol tudo pode acontecer.
Jogadores, comissão técnica, diretoria sabem que ainda há um longo e tortuoso caminho a se seguir.
Faltam 14 batalhas, mas o Cruzeiro pretende vivê-las, cada uma, como se fora a última, a final, a derradeira. Só assim, com humildade e pés no chão é que o título virá.
Grande abraço!!!
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