segunda-feira, março 31, 2008

domingo, março 30, 2008

Sobre terceiros uniformes

À véspera da estréia da camisa roxa cotintiana, muito se diz e discute sobre os terceiros uniformes. E eu não quero ficar de fora.

Sob o ponto de vista mercadológico, a idéia de terceiro uniforme é sensacional.

Sob o ponto de vista esportivo, também.

Porém, há alguns poréns. Na minha opinião - sem entrar no apescto da estética, já que beleza é um dos conceitos mais relativos da humanidade -, a terceira farda deve existir, e deve ser usada em partidas em que o time tenha sua roupa desfigurada. Ou seja, só quando jogar fora de casa, e tiver de misturar peças do primeiro com as do segundo uniforme. Nesse caso, e, para mim, somente nesse caso, a equipe deve usar o terceiro uniforme. E leia-se terceiro uniforme, camisa, calção e meias, e não apenas a camisa.

Dê asas às chuteiras da imaginação

Coloradismo e gremismo à parte, no confronto entre os dois escretes abaixo, quem ganharia: azul ou vermelho?

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sábado, março 29, 2008

Dupla vitrine

Jogar contra um time grande, para jogadores de pequenos, é uma oportunidade rara para tentar chamar a atenção dos cartolas das maiores forças do futebol brasileiro, de suas torcidas, e da imprensa. Eles, os jogadores, sabem que aquele é um dos jogos mais importantes da temporada, por isso colocam os pulmões nas pontas das chuteiras, um em cada, para, quem sabe, ser contratado por um grande.

Essa vitrine especial, essa ponta de gôndola de 90 minutos, existe em qualquer campeonato que haja enfrentamentos entre Davis e Golias, da América Latina à Europa. Só que no Velho Mundo, para os brasileiros que jogam em pequenos, enfrentar um Barcelona, um Sporting, um Milan, é uma vitrine dupla. Nessas partidas surge a chance de aparecer bem e impressionar não só os cartolas, os torcedores e a impressa do país em que trabalha, mas também de despertar o olhado de dirigentes no Brasil, e, quem sabe, trocar um minúsculo português ou espanhol, por um gigante brasileiro - se houver a intenção por parte do atleta, é claro.

Ninguém resiste!

quinta-feira, março 27, 2008

Jogaço pela Libertadores!

A Bombonera foi o palco, e logo aos 22 do primeiro tempo, o Boca Juniors teve um jogador expulso. Até o momento, só dava Boca.

Na seqüência, o Colo Colo surpreendeu e abriu o placar. 1 a 0. Mas continuou só dando Boca.

Logo em seguida, pênalti para o time da casa. Palermo, sempre ele, foi pra bola, e chutou. Para fora.

Minutos depois e, Palermo, sempre ele, marcou de cabeça: Boca 1, Colo Colo 1.

Perto do fim da primeira etapa, os chilenos passaram à frente no placar, e foram para o intervalo com 2 a 1 de vantagem.

No início do segundo tempo, logo aos 4, os xeneizes, de novo, igualaram o marcador: 2 a 2.

O jogo continuava, a todo instante, rico em emoção, raça e técnica. Principalmente por parte da equipe azul e ouro, que ditava as notas, mesmo com um jogador a menos. Até que, lá pelos 30, Palácio fez o terceiro e virou a partida. A partidassa. E a minutos do fim, lembre-se, com um a menos, o Boca fez outro, 4 a 2.

Ainda deu tempo para o Colo Colo diminuir, 4 a 3, e dar números finais ao jogo. Ao jogaço. E são jogaços, como esse, que explicam por que o futebol é o futebol. E por que o Boca é o Boca.

Artilheiros dos estaduais

Alagoas: Júnior Amorim (CRB) - 7 gols
Amazonas: Ernadres (Fast), Thiago Verçosa (Nacional), Heitor (Sul América) - 7 gols
Bahia: Souza (Fluminense) - 16 gols
Ceará: Paulo Isidoro (Fortaleza), Rômulo (Fortaleza) - 11 gols
Distrito Federal: Michel (Dom Pedro) - 7 gols
Espírito Santo: Sharlei (Rio Bananal) - 9 gols
Goiás: Túlio Maravilha (Vila Nova) - 15 gols
Mato Grosso: Diogo (União) - 13 gols
Mato Grosso do Sul: Pablo (Ivinhema) - 9 gols
Minas Gerais: Bruno Mineiro (Rio Branco) - 6 gols
Paraiba: Fábio Júnior (Campinense), Tiago (Queimadense), Júnior Medeiro (Sousa) - 10 gols
Paraná: Keirrison (Coritiba) - 12 gols
Pernambuco: Geraldo (Náutico) - 11 gols
Piauí: Naná (Barras) - 4 gols
Rio de Janeiro: Wellington Paulista (Botafogo) - 12 gols
Rio Grande do Norte: Quirino (Potyguar), Didi (Santa Cruz) - 8 gols
Rio Grande do Sul: Mendes (Juventude), Ronaldo Capixaba (São Luiz) - 9 gols
Rondônia: Rogério (Ulbra) - 2 gols
Santa Catarina: Vandinho (Avaí) - 16 gols
São Paulo: Kléber Pereira (Santos), Pedrão (Barueri) - 11 gols
Sergipe: Guga (Confiança), Luciano Baiano (Sergipe) - 5 gols
Tocantins: Diego (Alvorada), Alexandre (Interporto), Alexandre (Teresópolis) - 2 gols

Destaques para Souza e Vandinho, pelos 16 gols de cada, e para Sharlei, pelo nome.

* Não encontrei informações sobre os campeonatos do Maranhão, Acre, Roraima, Amapá e Pará. Se tiver notícias, diz aí.

Goleiro, negro, e injustiçado

"No Brasil, a pena maior por um crime é de 30 anos. Há 43 pago por um crime que não cometi".

Frase de Moacir Barbosa, um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro, que fez história no Vasco da Gama dos anos 40/50, o Expresso da Vitória. Mas é mesmo lembrado como o maior culpado pelo Maracanazzo.

Barbosa foi punido até o último dia de sua vida, 7 de abril de 2000. Se estivesse vivo, ainda pagando a pena, faria, hoje, 86 anos.

quarta-feira, março 26, 2008

Brasil x Suécia

Eles são pequenos

O grande cineasta sabe quem foi Glauber Rocha.

Assim como o grande pintor sabe quem foi Portinari.

O grande músico conhece Pixinguinha.

Já o grande jornalista, Mário Filho.

E o grande jogador de futebol conhece, sabe quem foi Didi.

Se não sabe, não é grande.

terça-feira, março 25, 2008

Nota zero em História

Ontem, na apresentação em Londres, quando perguntados sobre a Copa de 1958, ficou evidente que a maioria dos jogadores, que vestem a amarelinha de hoje, nada sabem, sobre a amarelinha de ontem.

Não sabem que, à época, Pelé tinha apenas dezessete anos. E foi o artilheiro do Brasil na competição, com seis gols. Dois deles na final. Dezessete anos!

Não sabem que Garrincha era banco, e só estreou no terceiro jogo. E ao lado de Pelé, entrou para não sair mais do time.

Não sabem que Nilton Santos era o dono da lateral-esquerda.

E que Didi era o maestro do meio-campo.

Não sabem que Vavá era o centro-avante daquela Seleção.

E que Zagallo jogou aquela Copa.

Talvez nem saibam que Zagallo foi jogador. E o único Didi que devem conhecer é o dos Trapalhões.

Talvez não façam idéia de quem foi Nilton Santos. De quem foi Garrincha.

Ou melhor, o que foi Garrincha. O que foi Pelé.

Presente de grego



Atlético de todos os tempos

O nascimento do Galo

A briga de galo era passatempo popular na Belo Horizonte dos primeiros anos. Uma febre. Em 1932, apareceu na rinha um galo muito eficaz. Era um mestiço - raça índia com raça carijó - de plumagem preta e branca, como a camisa do Atlético. O Índio Carijó não aceitava desaforo de ninguém. O Atlético também não. Os dois eram valentes e vencedores. A comparação foi inevitável. "Esse galo é igual ao time do Atlético", disse alguém. A história se espalhou, e, desde aquela época, o time passou a ser chamado, também, de Índio Carijó. Daí para Galo Carijó foi um passo.

*Trecho do livro "Atlético Mineiro - Raça e Amor", de Ricardo Galuppo, Ediouro.

segunda-feira, março 24, 2008

Hostil cotovelada

Kléber, atacante do Palmeiras, foi julgado e punido com três jogos de suspensão, pela cotovelada que deu no rosto de André Dias.

Em princípio, o alviverde seria enquadrado no artigo 253 (praticar agressão física), onde a pena mínima é de 120 dias, e a máxima de 540. Mas acabou encaixado no artigo 255 (praticar ato hostil). Neste, a pena oscila entre 1 e 3 partidas.

Para mim, o cotovelaço no supercilio do zagueiro são-paulino foi intencional, e agressivo. Mas o TJD interpretou o lance como um frágil ato de hostilidade.

segunda-feira, março 17, 2008

Valdívia cavou o pênalti

Pelo que acompanhei de ontem para hoje, grande parte da imprensa esportiva acredita que os três pênaltis marcados a favor do Palmeiras são legítimos. Alguns colegas dizem até que são "indiscutíveis". Eu discordo. Os dois últimos, de fato, foram bem apitados. Agora, o sofrido por Valdívia...

Veja bem, não existe "meia" falta. Ou a infração, seja no grande circulo ou na pequena área, existe, ou não existe. Mas parece que nos gramados brasileiros a "meia" falta existe. Eu explico. Como escrito nesse post, os árbitros brasileiros são covardes, e marcam falta em qualquer toque, por mais fresco que seja. Os jogadores brasileiros, e os estrangeiros que aqui atuam, ficam mal acostumados, "cai-cai". E a culpa é dos juízes. Alguns deles, dos jogadores, sabem mais cavar faltas do que jogar bola.

Valdívia sabe mais jogar bola do que cavar falta. Mas isso não o impede de ser um exímio cavador de faltas. Como no lance do pênalti de ontem, quando o chileno deixou o pé para ser tocado pelo são-paulino, que já estava deitado no chão. O meia alviverde poderia muito bem continuar a jogada. Ele não cairia por nada. Mas caiu, de propósito. Pisou em falso, propositalmente, com o pé esquerdo, enroscou o direito na perna de Júnior, e se jogou. O contato existiu, pois futebol é um esporte de contato. Mas não foi o contato que derrubou Valdívia. Ele próprio se derrubou. Mas num país de árbitros frouxos, claro que o pênalti seria marcado, e Valdívia e todos os outros atletas sabem disso.

Esse exemplo do Valdívia é só um caso isolado. Nosso futebol tem dezenas e dezenas de lances iguais a cada partida. E essa irritante mania de abrir mão da jogada para cavar uma falta está passando dos limites.

Muito se diz que na arbitragem é tudo uma questão de interpretação. Pois em relação às faltas, minha interpretação é essa: se o boleiro desiste da jogada, se encosta no adversário, e se atira no gramado, mesmo que haja o toque, o juiz tem de deixar a bola rolar. Mas falta coragem, e/ou qualidade, aos homens do apito.

domingo, março 16, 2008

Palmeiras vira, e goleia

Taticamente assim espalhados, Palmeiras e São Paulo foram a campo para fazer o esperado Choque Rei, nesta tarde de domingo, sob muita chuva em Ribeirão Preto.

Chuva que deixou o estado do gramado lastimável. E que favoreceu o São Paulo e sua principal arma: o chuveirinho. Além disso, alguns jogadores tricolores foram mais inteligentes e se adaptaram ao terreno com mais facilidade. Inclusive Adriano, que, graças também a sua força física, abriu o placar numa cabeçada. Ele foi o destaque são-paulino na partida.

Kléber, ainda no primeiro tempo, igualou o marcador. Na segunda etapa, o Palmeiras subiu de produção, mas era o São Paulo que ainda dava as cartas no jogo. Para surpresa de muitos, o Tricolor apresentou uma certa superioridade em boa parte da partida. Superioridade esta que foi por água abaixo aos 30 do segundo tempo, quando Valdívia sofreu um pênalti, e Denílson virou o jogo: 2 a 1 Verdão. O São Paulo não assimilou o golpe, ficou grogue, e a partir daí, o Palmeiras cresceu. E anotou mais dois tentos, ambos de pênalti. Ao final, 4 a 1, e o time do Parque Antárctica confirmou o favoritismo.

sábado, março 15, 2008

O reforço do Furacão

Não à toa, o Noroeste tem feito uma bela campanha no Paulistão 2008. E um de seus destaques é o meia Edno.

Alto, forte e habilidoso, o camisa 10 da equipe de Bauru compõe defensivamente o meio-campo com aplicação, joga por todos os lados do campo, enxerga bem a partida, protege bem a bola, sabe distribuir o jogo, tem bom passe, boa finalização, e é canhoto.

No ano passado, atuando na lateral-esquerda (sua posição de origem), fez um belo Paulistão, pelo mesmo Noroeste, e acabou contratado pelo Atlético-PR (foto). No rubronegro paranaense, fez 20 partidas e 2 gols. Na lateral-esquerda.

Nesta temporada, o jogador de 24 anos voltou ao Norusca, onde tem atuado, com grande desempenho, como meia. Está emprestado até fim do campeonato estadual, e deve reforçar o Furacão ao término do Paulistão.

Mas, Ney, atenção: no meio-campo, e não na lateral!

Lanterna derrota líder

Último colocado do Campeonato Alemão, dono da segunda pior defesa do certame, o Energie Cottbus entrou em campo para figurar contra o Bayern de Munique, líder absoluto, com o segundo melhor ataque e a defesa menos vazada da competição.

O jogo foi em Cottbus. E o mandante, lanterninha da Bundes Liga, mandou na partida. Vitória do anfitrião por 2 a 0. O Golias, Bayern de Munique, não viu a cor da bola.

Futebol tem dessas. É esporte de Davi.

Choque Rei esverdeado

No papel, o Palmeiras tem mais time que o São Paulo. No papel, e no campo.

A equipe do Morumbi sempre teve, de 2005 para cá, no jogo coletivo sua maior virtude. Virtude esta que levou o São Paulo ao bicampeonato brasileiro. E que, nesta temporada, está adormecida, devido à saída de dois importantes jogadores (Breno e Leandro), devido ao elenco enxuto atual, e aos inúmeros desfalques (departamento médico). Por isso o São Paulo está confuso taticamente, abalado fisicamente, e muito aquém das expectativas.

Ao contrário do rival, o Verdão tem apresentado uma crescente vertiginosa, tanto no individual como no coletivo. Valdívida, já faz um tempinho, tem desequilibrado as partidas. O ataque, com Kléber e Alex Mineiro, tem decidido. Sem falar em Diego Souza, Léo Lima, Elder Granja, Henrique, etc. Além do essencial talento individual, tática e coletivamente a equipe do Parque Antárctica tem mostrado um incisivo progresso.

Por essas e outras, no jogo de amanhã, em Ribeirão Preto, o amplo favoritismo, que deve ser confirmado, é do Palmeiras. Mas como diria o outro, clássico é clássico, e vice-vasco. Quer dizer, vice-versa.

segunda-feira, março 10, 2008

Árbitros brasileiros apitam demais

É consenso que nossa arbitragem apita demais.

No Brasil, qualquer toquezinho, qualquer encostada, é falta. Ao contrário dos outros países sul-americanos e europeus, onde a bola rola de verdade.

Também é consenso que o jogo fica mais atrativo quando a bola rola de verdade.

A banalização das infrações em nosso país, justiça seja feita, não é fruto exclusivo da atitude dos apitadores. Os jogadores contribuem, e muito, para esse lenga-lenga.

Se falta coragem aos juizes para deixar a partida correr, aos atletas falta ambição.

O jogador brasileiro opta por desistir da jogada, e tentar cavar a falta, a continuá-la e ir em direção ao gol. E ele só desiste da jogada, e tenta cavar a falta, porque sabe que o árbitro, covarde, vai aceitar, e apitar.

Assim, o ciclo se torna vicioso. O jogador, mal acostumado. E o jogo, um saco.

quinta-feira, março 06, 2008

Saudades?

Tricolores na Libertadores

Nesta quarta, no Maracanã, o Fluminense atropelou o Arsenal por 6 a 0. Destaque para Dodô e seu gol de placa (veja abaixo). Ao lado do Cruzeiro, o Tricolor do Rio de Janeiro é o melhor time brasileiro na competição.

No Morumbi, o São Paulo jogou o que vem jogando neste início de temporada: nada. Ganhou por 2 a 1, de virada, apertado. Na Libertadores, dos brasileiros, é o pior. A cada partida me convenço que o Tricolor paulista é time de segundo semestre. Pega no tranco, e só funciona na segunda metade do ano, nos pontos corridos do Brasileirão.

quarta-feira, março 05, 2008

Gols do Fluminense

Deu zebra?

Nas oitavas-de-final da Liga dos Campeões, o Milan, atual campeão, foi eliminado pelo Arsenal.

O Fenerbahçe desclassificou o Sevilla.

E a Roma deixou o Real Madrid pelo caminho.

Zebras?

Para mim, não.