quinta-feira, outubro 15, 2015

Galo coloca Inter no bolso

Compactação nas fases defensiva e ofensiva, aproximação, movimentação, sincronia, troca de passes curtos, intensidade, chances criadas. Esse foi o Atlético-MG diante do Internacional, no Independência, nesta quarta, pela 30ª rodada do Brasileirão. Apesar da vitória magra no placar (2 a 1), foi um banho de bola do time de Levir no time de Argel.

Claro. Levir está há mais tempo no cargo que Argel. Naturalmente o Galo deveria estar, como está, num estágio mais avançado que o Inter (está alguns estágios mais avançado, na verdade). No entanto não é apenas o tempo de casa do treinador que determinou a superioridade do Atlético (tampouco o fator casa). Seria simplório demais chegar a essa conclusão baseado apenas nisso. Vários fatores pesaram na balança, e talvez o principal deles seja a diferença entre os treinadores (sem falar nos jogadores, claro).

Se por um lado o Atlético sabia direitinho o que fazer quando tinha a posse, do outro o Inter não tinha nem ideia. Embora o adversário fosse o Atlético no Independência (ou seja, osso duro), o Colorado deixou a desejar quando a recuperava. Com Nilton, Dourado, Anderson e Alex no meio, e Ernando na lateral, o contra ataque praticamente não existiu. Não havia peças para isso. O que me levou a pensar que a estratégia de Argel, se é que ele tinha uma, era segurar a pressão e tentar vencer na bola longa ou aérea (o gol do Inter, de empate, saiu num escanteio, com o zagueiro Paulão). Convenhamos, é muito pouco.

Em outras palavras, o repertório do Inter na fase ofensiva foi limitadíssimo. Como me parece ser seu treinador: limitadíssimo. Parece-me que não dá para esperar de Argel muito além disso. Um time bastante físico, com atletas altos e fortes, que marca muito e sai no contra ataque (isso quando tem peças em campo para contra atacar, senão o repertório fica mais limitado, restrito à bola aérea e às jogadas individuais fortuitas, que sempre podem ocorrer e decidir uma partida). De fato, faltam boas ideias de jogo para Argel, e sua equipe é um reflexo disso dentro das quatro linhas. No Atlético, em contrapartida, as ideias de jogo são inteligentes, definidas e assimiladas. Reflexo de Levir.

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