Na teoria a opção por Moses faz sentido. É legítimo escalar um (ou dois) atacante pela beirada do 4-2-3-1. Necessário, eu diria. Por isso entendo a alternativa de Rafa Benítez. Na prática, no entanto, Oscar é infinitamente mais produtivo à equipe – seja escalado na ponta ou na faixa central. Destaque com Di Matteo, em sete jogos sob o comando do treinador espanhol, Oscar foi titular em apenas três (contra City, Liverpool e Monterrey). Logo me parece que Benítez está bitolado em sua convicção - de escalar um atacante na ponta do 4-2-3-1 – e com ela irá morrer abraçado, até porque Moses não é nenhum Messi. (Ah, obviamente que Oscar titular não seria garantia de nada.)
Outro pecado do técnico do Chelsea foi o desconhecimento do adversário. Enquanto Tite sabia o número das chuteiras e a cor preferida de todo elenco azul, Benítez aparentemente mal e mal sabia quem era quem no plantel alvinegro. Esse não foi o principal fator a decidir a partida, mas sem dúvida ajudou bastante na hora de traçar a estratégia e executar a preleção corinthiana. Enquanto Tite sabia todas as possibilidades do time de Benítez, Benítez nem sonhava, por exemplo, com a escalação do aplicado, incansável e inesgotável Jorge Henrique. (Não li nem ouvi ele admitir isso, porém presumo que seja verdade.)
A vitória do Corinthians, aliás, foi uma soma de fatores. E além do know your enemy e da superioridade tática, a determinação do Timão também foi relevante. Futebol se ganha com a bola no pé, mas a tal da faca nos dentes faz a diferença. Como definiu Mauro Cezar a seu estilo no Twitter, era o "jogo da vida" x "mais um jogo". Quando a pelota rola todos querem vencer. Óbvio. Ninguém entra para perder. Contudo que os atletas do Corinthians transbordaram mais força de vontade e concentração, transbordaram.
No fim das contas o placar final e o desfecho foram justíssimos. Título mais que devido e merecido. Os brasileiros não se intimidaram um segundo sequer, jogaram de igual para igual, como gente grande, e construíram o triunfo tijolo por tilojo. Igualmente digna de nota também, com certeza absoluta, foi a participação decisiva do paredão Cássio.
Agora, consumado o sonho, é preciso comemorar, descansar e curtir as férias, para voltar com tudo em 2013, com o apetite renovado para brigar pela Libertadores, pelo Brasileirão, pela Recopa, pela Copa do Brasil, e pelo eventual Mundial de Clubes novamente. Quanto ao estadual, pequeno demais para os donos do planeta.
No Twitter. No Facebook.
3 comentários:
Olá Carlão e todo o time responsável pelo blog.
Meu nome é Humberto Alves e sou Gerente de Afiliados do ApostasOnline.com . Gostaria de lhes fazer uma proposta, poderiam me enviar um email para afiliados@apostasonline.com para que possamos prosseguir com a negociação?
Grande abraço
Carlão,
O post resumiu muito bem a situação. Concordo que a presença do Oscar dificultaria mais a missÃo corinthiana. Admito que, como torcedor do Timão, fiquei um pouco mais aliviado ao ver a escalação do Chelsea, e a ausência do Oscar.
Cabe ser ressaltado que o jornalismo inglês fez grandes críticas ao Paulinho logo após a semi-final, inclusive indagaram se era o mesmo jogador da seleção, porque não viram nada de mais. Com certeza, os mesmos estão boquiabertos com a qualidade do Paulinho, a jogada do gol foi de quem sabe, e muito, jogar futebol.
Carlão, eu também fiz um post e única palavra que descreve este título é essa: Incontestável.
http://futebolporpaixao.blogspot.com.br/2012/12/corinthians-incontestavel-campeao.html
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