É sabido que os laterais da Seleção dão trabalho aos defensores adversários. Por isso penso que Del Bosque não irá escalar nem Iniesta, nem Fàbregas, numa das beiradas do campo. Porque quem for escalado na ponta esquerda, por exemplo, terá de acompanhar as subidas de Daniel Alves, e creio que Iniesta e Fàbregas não serão submetidos a esse "sacrifício".
Quem pode ser escalado por ali? Quem pode dificultar os avanços do lateral-direito do Brasil? Imagino que Pedro - que, justiça seja feita, se jogar por ali, terá como missão não apenas marcar Daniel Alves. Pelo contrário. Se jogar por ali, pela esquerda, o camisa 11 da Roja irá infernizar a vida de seu companheiro de Barcelona. Em relação ao outro lado, em relação às medidas contra as investidas de Marcelo, acredito que o treinador da Espanha irá optar por Jesus Navas - para tentar frear as subidas do lateral do Real Madrid e, claro, para atacar por aquele flanco com muita velocidade.
Confira aqui a prancheta prévia.
Se assim for, partindo do princípio que o meio campo espanhol será formado por Busquets, Xavi e Iniesta, sobra apenas uma vaga do meio pra frente: a de centroavante. E entre Soldado e Torres, aposto que Del Bosque irá de Fàbregas - entre outros motivos, para trabalhar como falso nove, para recuar, se somar à meia cancha e obter superioridade numérica no setor da meia cancha, qualificando assim a posse de bola através do passe.
Dito isso, me parece que o duelo chave da finalíssima da Copa das Confederações, domingo, no Maracanã, tem tudo para ser Paulinho vs Iniesta. Pelo seguinte: Paulinho é a válvula de escape do time de Felipão, peça fundamental para o contra ataque verde e amarelo. E, convenhamos, não é muito a do Iniesta marcar ou acompanhar as arrancadas típicas do ex-corintiano. Em contrapartida, Paulinho deve ter menos liberdade e oportunidade para atacar justamente por, em tese, bater de frente com Iniesta durante boa parte da partida.
Marcação por pressão, abafa, nos primeiros dez minutos e, com ou sem balançar a rede de Casillas, a partir daí se armar para contra golpear - sem abdicar da bola aérea (tiro direto, indireto, cruzamento, escanteio, etc) e dos chutes de longa distância. A estratégia do Brasil deve ser essa. Estratégia que tem grandes chances de dar certo. Mas para tanto é preciso que a Espanha não consiga com frequência as finalizações que em regra consegue (frutos da habitual e exímia troca de passes paciente, e da espera pelo momento exato para se infiltrar na área e executar o arremate).
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