"Gosto do tradicional 4-4-2, que permite mais variantes, como o 4-2-3-1, que está na moda. Mas, para usar este esquema, tem que ter jogadores com características para isso. Aqui (no Brasil), o 3 é composto por três meias. Não dá. É preciso que dois deles sejam atacantes e o outro um meia, que chega na frente e se aproxima do centroavante." Palavras de Paulo Autuori em entrevista ao Globo, com as quais concordo, mas com ressalvas (leia aqui).
Portanto, para não entrar em contradição e escalar Ganso ou Jadson numa das beiradas do 4-2-3-1 tricolor, pode ser que Autuori implante o 4-4-2 em losango, esquema tático que salvo engano vinha utilizando no Vasco e que pode ser preenchido com maestria pelas peças do elenco do São Paulo. Com Denilson na cabeça de área, Wellington pode funcionar como válvula de arrancada pela direita; Ganso pode trabalhar como principal armador do time à esquerda, com Jadson na ponta de lança, centralizado, atrás da dupla de atacantes, composta pelo centroavante Luis Fabiano (Aloísio) e o segundo atacante Osvaldo.
Ney Franco até tentou jogar com essa estrutura uma vez ou outra, mas por um motivo ou outro, não levou adiante. Em regra jogou no 4-2-3-1 ao longo de toda sua passagem pelo clube do Morumbi (antes, com Lucas, e depois, sem Lucas). Por que Ney não insistiu no 4-4-2 em losango? Não sei. Talvez não tenha o agradado. Ou talvez tenha faltado convicção por parte dele. Aliás, convicção é algo que Autuori terá de ter, pois o quanto antes ele definir o onze titular, para dar sequência e entrosamento a esse onze, melhor.
Paulo Autuori é mais do mesmo? Um pouco. Mas menos que Muricy, pelo menos. Se vai dar certo no São Paulo ou não, só saberemos, sei lá, lá pelo no fim do ano. Mas acho que sim. Trata-se de um cara moderno, atualizado, inteligente. Tem opiniões interessantes (de vida e de futebol) e sabe expressá-las com calma e clareza. Isso sem falar na competência e na experiência. Vai dar certo? Não sei. Mas acredito que sim.
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