segunda-feira, abril 01, 2013

Futebol não tem receita

"Gosto do tradicional 4-4-2, que permite mais variantes, como o 4-2-3-1, que está na moda. Mas, para usar este esquema, tem que ter jogadores com características para isso. Aqui, o 3 é composto por três meias. Não dá. É preciso que dois deles sejam atacantes e o outro um meia, que chega na frente e se aproxima do centroavante."

Palavras de Paulo Autuori. Confira a entrevista concedida ao Globo.



Concordo com o treinador do Vasco. Também entendo que o 4-2-3-1 funciona devidamente com dois atacantes e um meia na linha de três. Em regra os dois atacantes pelas beiradas, como legítimos pontas, e o meia por dentro. Talvez o exemplo mais clássico hoje seja o Real Madrid de José Mourinho, que joga nesse esquema, com Di María e Cristiano Ronaldo (velozes e habilidosos) pelas extremas e Özil (pensador) por dentro, artás de Benzema/Higuaín. O São Paulo de Ney Franco do segundo semestre do ano passado idem, com Lucas e Osvaldo nos flancos e Jadson pelo centro, atrás de Luis Fabiano.

Concordo com Autuori em relação à composição da linha de três. E estou com ele em gênero, número e grau quando ele diz que "nossos treinadores ficaram para trás". Contudo vale lembrar que futebol não tem receita, e às vezes é preciso "improvisar" em função das peças do elenco. Como no caso do Chelsea, por exemplo, que tem - apesar da insistência de Rafa Benítez em Moses - em Mata, Oscar e Hazard a melhor alternativa (entre eles o belga é o mais atacante). Ou no caso do Inter de Celso Roth campeão da Libertadores 2010, que jogava no 4-2-3-1, da direita pra esquerda, com D’Alessandro, Tinga (Giuliano) e Taison. Ou da Espanha, que tem em Iniesta seu extremo-esquerdo.

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