quinta-feira, novembro 28, 2013

Defensores na marca do pênalti

Antes de botar Deivid a ver navios, quando Paulinho recebe a bola do Broca do Maraca, Cleberson está vigiando Elias (frame 1). O 4 do Atlético dá até uma olhadinha para conferir a distância do 8 do Flamengo (repare no vídeo). Quando Paulinho deixa Deivid na saudade e chega ao fundo, no entanto, Cleberson, que vinha corretamente acompanhando Elias, se desespera e comete o pecado da marca do pênalti (frame 2).



Ninguém marca a marca do pênalti. Tuitei isso, o gancho para esse post, inclusive. Quando a bola chega ao fundo, dominada, dentro da área, ninguém marca a marca do pênalti. Praxe. Sabedor disso, ao passo que Paulinho passa por Deivid, Elias para de avançar e fica uns três metros ao lado da marca do pênalti, à espera da assistência, livre para marcar, porque seu marcador só teve olhos pra bola e pra meta e se mandou pra pequena área. Paulinho, sabedor disso, rolou para trás com mamão, açúcar e afeto.

Veja bem, não estou pegando no pé de Cleberson, tampouco querendo pegá-lo pra cristo, muito menos pensando em tirar o mérito da jogada da equipe treinada por Jayme. É apenas um fato curioso e recorrente no Brasil e no mundo. Não é apenas uma falha tática. Vai além. Acho que tá no instinto. Quando a bola chega ao fundo da sua área, nas proximidades da meta, o jogador na defensiva sente o perigo, sente a iminente ameaça imposta pelo adversário e quer a todo custo proteger a sua meta, mantê-la intocada, pura, virgem. E, inconscientemente, se atira na frente e esquece a marca da cal.

Um comentário:

como sair do vermelho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.