Nesta terça-feira, contra o México, no Castelão, Oscar começou o jogo pelo corredor esquerdo, ainda no primeiro tempo inverteu com Ramires e passou para o direito, e na segunda etapa atuou pela faixa central.
Aí te pergunto: será mesmo que isso ajuda? Será mesmo que é benéfico à equipe? Porque às vezes me pergunto até que ponto essa troca de posições é positiva. Ou melhor: me pergunto até que ponto ela é negativa. Pois vejo mais pontos negativos do que positivos nessas mexidas constantes no posicionamento dos jogadores, em especial de Oscar e Neymar, os dois grandes craques do elenco verde e amarelo.
Muitos dizem que isso, essa mudança, "confunde a marcação adversária", opinião da qual eu discordo com força. O que confunde a marcação do adversário é a movimentação pertinente dos jogadores com a bola. Já sem ela, como tem acontecido com a Seleção, na minha visão não adianta nada. Ou melhor: confunde os próprios brasileiros, já que ela impede a repetição, e sem repetição não há entrosamento.
Perguntei, inclusive, durante a partida, no Twitter: "Se Oscar rende mais por dentro e Neymar por fora, por que escalar Oscar por fora e Neymar por dentro?" Juro que não entendo. E discordo quando argumentam, em favor de Neymar pela faixa central, que "o craque do time tem que ter liberdade para criar". Quero dizer. Na verdade, concordo em partes. Desde que a origem do camisa 10 seja a ponta esquerda, porque partindo dali, com a bola dominada, ele entra infernalmente na diagonal.
Falando em camisa 10, aliás, o verdadeiro camisa 10 do Brasil, o único meia de ofício no plantel brasileiro, chama-se Oscar. Não espero de Luiz Gustavo e Paulinho (jogadores do corredor central), por exemplo, aquele passe vertical, aquela enfiada. Do Oscar, em contrapartida, espero. Jogando pela beirada, contudo, fica difícil isso acontecer.
Enfim. Como costumo dizer, o craque se adapta (tanto é que Oscar foi bem demais contra a Croácia, mesmo atuando pelo lado do campo). Mas sem dúvida, pelo menos na minha cabeça, o rendimento individual e coletivo da equipe seria melhor com Oscar por dentro e Neymar por fora, com cada um na sua praia, com cada um no seu quadrado.
Dito isso, registrada minha queixa, reconheço que no momento a prioridade não é essa questão do reposicionamento desses atletas. No momento, na minha interpretação, e creio que na de várias pessoas, o primeiro passo para o encaixe é a saída de Paulinho do XI (tem sido escalado pelo que fez, não pelo que faz). A pergunta é: Felipão concorda? Eu, honestamente, acredito que sim, até porque ele teve 90 minutos diante do México e o treinador não vai se sentir culpado ao substituí-lo. Com um fundinho de torcida, confesso, aposto que o volante do Tottenham será reserva contra Camarões, dia 23, em Brasília.
Um comentário:
Próximo jogo os titulares devem ser: JC; Maicon; Thiago; David, Marcelo, Hernanes; Luiz Gustavo, Oscar; Neymar; Jô; Willian.
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