Éverton Ribeiro já está garantido na próxima convocação. Uns 110%, eu diria. Porque se o critério de Dunga, talvez o número um, for a força de vontade e a intensidade, pode-se dizer que o jogador do Cruzeiro se destacou nos poucos minutos em que atuou diante da Colômbia, na noite desta sexta-feira, em Miami (1 a 0 para o Brasil, gol de Neymar, de falta).
Quando digo que Éverton Ribeiro está garantido na próxima convocação, todavia, não me baseio apenas na força de vontade. Baseio-me também na sua qualidade técnica, evidentemente (embora o que pese para Dunga, me parece, seja a raça; lembre-se, no Brasil futebol é raça + individualidade). E baseio-me também na sua versatilidade.
Versatilidade, diga-se, que joga a seu favor. Pois Éverton rende bem nas três posições da linha de três do 4-2-3-1 (esquema utilizado por Marcelo Oliveira no Cruzeiro e por Dunga na Seleção). Canhoto, ele pode jogar aberto pela direita, pelo corredor central, pela esquerda, e até mesmo como segundo volante. Essa polivalência, típica dos craques, deve ajudá-lo bastante na corrida até 2018.
A questão é: Éverton Ribeiro ou Willian? Ou melhor, será. Porque cedo ou tarde, acredito que esse debate irá ocorrer. Pois, apesar de ser polivalente e "jogar em todas", a posição natural de Éverton, no 4-2-3-1 da Seleção, é a ponta direita, hoje ocupada por Willian (ou Hulk, que foi cortado do amistoso). Em tese Éverton também briga pela camisa 10, pela meia central, mas essa praia é de Oscar. E penso que Coutinho seja sua sombra. Enfim. No fim das contas, sem sombra de dúvida, Éverton Ribeiro surge como uma sombra não só para Willian/Hulk, mas também para Oscar/Coutinho. Em relação à ponta esquerda, essa é de Neymar, né.
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