
No primeiro tempo, aos 37 minutos, o treinador colorado tentou consertar o time ao substituir Anderson por Vitinho, passando para o 4-2-3-1 (Vitinho e Sasha pelas beiradas, D’Alessandro por dentro e Nilton e Aránguiz volantes). A partida feita por Anderson, aliás, foi péssima – como a do time como um todo, diga-se de passagem. Escancarou a fragilidade (talvez momentânea) física, técnica e mental do camisa 8. Sem a bola, basicamente caminhou, trotou e olhou o Strongest jogar. Já com ela, mal conseguiu dominá-la, na verdade. Mal a teve no pé esquerdo (justiça seja feita, o time todo do Inter não sabia o que fazer com a bola nas poucas vezes em que a recuperava). Eu sei que o jogo foi na altitude, etc e blá. E não quero cair na armadilha do imediatismo – esse câncer das análises de futebol no Brasil. Contudo ficou meio evidente que Anderson não pode ser titular no momento. Vai precisar de algumas semanas para entrar em forma física, técnica e emocional. E nesse meio tempo, parece-me que a melhor alternativa é essa mesmo, com Vitinho e Sasha pelas extremas e D’Ale pela faixa central, no 4-2-3-1. Agora, desde que Aguirre realmente concorde que Anderson não tem condições de ser titular por ora, é preciso repetir essa formação com Vitinho e Sasha, caso contrário não haverá evolução.
No fim das contas, apesar da relativa melhora do Colorado após a saída de Anderson e a entrada de Vitinho, os donos da casa continuaram superiores, mandando no confronto. Apesar do gol de pênalti marcado por D’Alessandro aos 4 minutos da segunda etapa, o Strongest se mostrou mais forte. O tempo todo esteve mais perto de marcar o terceiro do que o Inter de empatar. E não de outra. A cinco minutos do apito final, após bela jogada coletiva (algo que não existiu pelo lado do Inter, por exemplo), Chumacero fez seu segundo e definiu o placar final, que, convenhamos, ficou barato: 3 a 1. Poderia ter sido mais. Alisson foi um dos destaques do Inter, para se ter noção. Mas enfim. Seja como for, Aguirre precisa definir o chamado XI ideal o quanto antes. Se por enquanto é sem Anderson, que insista nisso (no momento eu votaria sem). Se é com Anderson, que insista nisso igualmente. O que não pode haver é falta de convicção por parte do treinador. Tampouco falta de paciência por parte da torcida, da imprensa e da diretoria.
PS: Chumacero é a cara do Schweinsteiger.
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