quarta-feira, março 04, 2015

Cruzeiro corre contra o tempo

Fábio no gol, Mayke a Mena nas laterais, Léo e Paulo André na zaga, Willians primeiro volante, Henrique segundo volante, Marquinhos e Willian nas pontas, De Arrascaeta por dentro, mais Damião na referência do ataque. Esse foi o time que iniciou o jogo contra o Huracán, no Mineirão, nesta terça-feira, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores. E esse deve ser o time que irá enfrentar o Mineros, fora de casa, pela terceira rodada. Na verdade a partida contra o Mineros é só daqui duas semanas, dia 19, portanto alguma peça pode ser alterada (Alisson na vaga de Willian ou Marquinhos parece ser a pedida). No entanto, na medida do possível, Marcelo Oliveira deixou claro que pretende repetir a equipe. E isso é ótimo.

"Um time se forma com a sequência de escalação e a sequência de jogos", disse o treinador do Cruzeiro ao microfone do Fox Sports, depois da partida contra o Huracán, ontem à noite. De fato, sem sequência, sem repetição, não há evolução, tampouco entrosamento. E é justamente disso que o Cruzeiro precisa, de entrosamento, uma vez que são cerca de cinco os novos titulares. Contra o Huracán, por exemplo, esse foi o número de recém-contratados no XI inicial (Paulo André, Mena, Willians, De Arrascaeta e Damião). Ou seja, de fato o entrosamento ainda não existe. Naturalmente. A boa notícia, todavia, é que Marcelo Oliveira sabe como alcançá-lo, pois ao afirmar que um time se forma com sequência de escalação e jogos, ele demonstra algo raro no país do 7 a 1: convicção – algo fundamental na formação de uma equipe (sem convicção não há repetição e sem repetição não há evolução).

Já a má notícia para o Cruzeiro é que pode não haver tempo suficiente. Toda evolução requer tempo (pergunte a Darwin), porém tempo é um artigo de luxo no momento, já que a Libertadores é disputada em apenas um semestre. Se a Libertadores fosse disputada em dois semestres, a exemplo da Champions League, Marcelo Oliveira (e os demais treinadores em situação semelhante) teria um semestre para jogar a fase de grupos, um semestre para alcançar o entrosamento, e outro semestre para encarar a fase eliminatória. Se a Copa Libertadores fosse disputada em dois semestres, a exemplo da Champions League, o time entraria na fase de mata-mata num estágio de evolução mais avançado. Agora, como a Libertadores é disputada em apenas um semestre, é bastante provável que um time com cinco novos titulares não encontre o entrosamento a tempo, podendo assim morrer antes mesmo do mata-mata.

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