Já diante da Juventus, nas duas partidas, o Real Madrid não teve Luka Modric. Aparentemente apenas um titular, mas só aparentemente mesmo, uma vez que Modric é o melhor meio-campista do Madrid. É o croata quem pensa o jogo e quem o acelera quando necessário. É o cara mais completo do setor. É a peça mais vital de toda engrenagem merengue. É quem faz o coletivo funcionar. Logo, fez muita falta.
Dito isso, todavia, os méritos são totais de Barcelona e Juventus.

Méritos do time treinado por Luis Enrique e, principalmente, méritos da trinca sul-americana, que consegue o que raras conseguiram na história do futebol mundial: conciliar com solidariedade beleza e eficácia. Pois além do monte de gols que marcam, Messi, Suárez e Neymar Jr. transbordam parceria e magia. São dribladores e artilheiros natos – sem falar na qualidade no passe, nas assistências – e estão a cada dia mais entrosados. Já a Juventus chamou a atenção por sua postura no jogo do Bernabéu, em especial, quando ficou com a posse da bola durante boa parte do tempo, e trocou mais passes.
A troca de passes, diga-se de passagem, é o ponto forte da equipe treinada por Allegri. Distribuída no 4-4-2 em losango com Pirlo – o pé pensante – na cabeça de área, Marchisio e Pogba carrileros, e Vidal engache, noves fora Tevez e Morata no ataque, a Juventus valoriza a posse como poucos na competição. O “problema” é que o Barcelona também gosta de jogar com a bola, e só existe uma. Em outras palavras, a briga vai ser boa. Seja como for, o fato é que, devido ao talento e à eficiência do entrosado trio MSN, o Barça é o favorito na decisão da Champions League 2014/15, dia 6 de junho, em Berlim. Se vai ganhar ou não, são outros quinhentos. Trata-se de "apenas" um jogo e a Velha Senhora mostrou que está mais viva do que nunca.
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