É difícil falar desse Barça sem cair no clichê. A exibição dada pelo time treinado por Guardiola se repete a quase todo fim de semana. Está na TV fechada. Só não acompanha que não se interessa.
O estilo a gente conhece de cor e salteado: posse de bola, troca de passes curtos, pacientes, à espera da oportunidade para penetrar na área adversária. No 4 a 0 sobre o Santos, não foi diferente.
Pelo lado brasileiro, não se pode crucificar Muricy Ramalho ou os atletas alvinegros pela passividade na final do Mundial. Praticamente, sei lá, 80% das equipes que enfrentam o Barça de Messi e cia se encontram com as mãos, ou pés, atados.
É verdade que Neymar não aproveitou uma ou outra chance criada no contra-ataque. Mas daí a dizer que ele amarelou ou pipocou é um pouco demais. Falar do sofá de casa tomando café da manhã é fácil.
A máquina, o carrossel azulgrená, ou seja lá qual apelido queira dar, fez com o Peixe o que faz com 80% de seus oponentes. Independente da estratégia e do esquema tático que o Santos adotasse, o Barcelona atropelaria.
Um comentário:
O Barcelona fabrica "futebol brasileiro" e joga coletivamente, enquanto o futebol brasileiro fabrica peças individuais para vender para o mercado europeu. Isso se reflete também na seleção brasileira, possuidora de jogadores renomados que não formam equipes. O Santos do Dorival Jr não tinha tantos jogadores de qualidade como tem o de Muricy Ramalho, mas jogava o futebol brasileiro, com alegria, ousadia e criatividade. Não sei se seria suficiente para ganhar desse Barcelona, porém, acredito que teria melhores chances.
Para o bem do futebol brasileiro, é preciso voltar as raízes e trocar os dirigentes e comandantes que só pensam no lado comercial (do próprio bolso) por pessoas que amam esse esporte e o enxergam como a verdadeira arte que é!
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