A Lazio foi a White Hart Lane a passeio. Não conseguiu jogar nada nesta quinta-feira. Apenas assistiu aos donos da casa, apesar do placar ter remanecido em branco. Hernanes, consequentemente, foi mal. Mas como não se deve julgar um jogador por um jogo, nessa proposição me refiro a ele como um todo.
No 4-1-4-1 utilizado por Vladimir Petkovic diante do Tottenham, o brasileiro foi o, digamos assim, meia-esquerda (confira aqui). Já foi também, em outros carnavais, no clube italiano, o meia-central dum 4-2-3-1 (e até mesmo ponta, salvo engano). Por essas e outras, no esquema de Mano Menezes, ou melhor, nos esquemas, o meio campista pode ser útil em todas variações.
A estrutura tática titular do treinador da Seleção é o 4-2-3-1. Contudo o histórico recente indica que o 4-4-2 em linha e o 4-3-3 correm por fora, como planos B e C, respectivamente (B bem mais frequente que C, bastante adotado nas Olimpíadas, inclusive). Hernanes, graças a sua polivalência, serve como alternativa qualificada para as três opções.
Em fevereiro do ano passado, no amistoso com a França, Hernanes foi titular, escalado como meia-central do 4-2-3-1 (reveja no Olho Tático). E contra o Gabão, em novembro de 2011, naquela equipe distribuída no 4-4-2 em linha, Hernanes, para minha surpresa, foi o winger direito (aqui). Parênteses: não tenho registros dele em campo no 4-3-3.
Mano é quem convoca, treina e escala. É ele quem acompanha de perto, de dentro, e quem tem melhores condições para tomar as decisões. Entretanto, observando à distância, entendo que no 4-4-2 em linha, Hernanes deveria ser escalado pela faixa central, como "segundo volante". Um box-to-box que entra na área. Tem poder de marcação, noção de posicionamento e capacidade técnica suficientes - eu diria requisitadas - para a função.
Já no 4-2-3-1, o esquema tático predileto do técnico do Brasil, em tese Hernanes deveria ser o volante de saída. Todavia, ao longo do trabalho de Mano, ficou visível a preferência por volantes velozes, volantes de ultrapassagem, volantes de condução (tipo Ramires). Hernanes é mais pensador, mais lento. Talvez não caia no agrado pessoal do treinador. Acontece. Quanto ao 4-4-3, o que chamo de plano C, obviamente ele seria aproveitado como um dos meias (que já foram Jadson e Elias, Fernandinho e Elias).
Não sei se se queimou com aquela expulsão injustificável e infantil frente à França, ainda no primeiro tempo (acredito que não, porque foi convocado depois daquele episódio). Tampouco não sei se existe alguma divergência ideológica entre eles. Só sei que, no mínimo, Hernanes tem de estar na lista dos 23 de Mano Menezes. Por dois motivos: além da qualidade técnica, ele pode agregar experiência ao setor mais carente do time nesse quesito (o meio de campo).
No Twitter. No Facebook.
5 comentários:
Bom dia amigo,
Gostaria de saber se possui interesse em divulgar minha marca em seu blog
Estou no aguardo, confira no link
comercial@retromania.com.br
Carlos Pizzatto, na sua opinião, quais seriam os seus 23 convocados e, se possível, qual seria a distribuição tática dos 11 titulares escolhidos por ti em campo?
Abraços
Acho que seriam esses, Marcelo:
Diego Alves
Jefferson
Cássio
Thiago Silva
David Luiz
Dedé
Réver
Daniel Alves
Rafael
Marcelo
Alex Sandro
Lucas Leiva
Sandro
Jucilei
Ramires
Hernanes
Ganso
Oscar
Neymar
Hulk
Lucas
Damião
Pato
Vc tem que arrumar ali em cima vc pos "4-4-3" ao inves de "4-3-3"
Postar um comentário