A postura do Bayern me chamou a atenção no segundo tempo. Em vantagem no placar por 2 a 1, a partir do minuto 62, quando Shaqiri entrou na vaga de Götze, Guardiola, digamos assim - sem querer tirar os méritos do adversário -, abriu mão da posse de bola. Alterou o esquema tático, fechou-se com duas linhas de quatro próximas uma da outra, marcou por zona lá atrás e chamou o Wolfsburg para seu campo. Justamente, penso eu, para tentar matar o jogo no contra ataque. Convenhamos, um comportamento incomum a um time treinado por Pep. Diria impensável até outro dia. E isso é um ótimo sinal! Pois essa variação pode explorar melhor suas armas, como Robben e Ribéry, por exemplo.
Claro. Ainda é cedo. A partida desta sexta-feira, na Allianz Arena, foi apenas a primeira da Bundesliga 2014/15. Sem falar nos desfalques (Schweinsteiger, Thiago, Ribéry...). No entanto é preciso registrar essa aparente mudança do técnico catalão. Essa aparente flexibilidade. Quem sabe ele esteja renovado. Talvez menos obcecado pela posse de bola, apto a mudar sua consagrada maneira de jogar, a abrir mão do Tiki-Taka, de acordo com o contexto do confronto. Contra o Wolfsburg, é verdade, o Bayern não conseguiu matar o jogo no contra golpe – apesar de ter criado umas duas ou três chances dessa forma. Mas a intenção, a estratégia voltada para o contra ataque, com o 2 a 1 no placar, mesmo em casa, me pareceu nítida e digna de nota. E me pareceu, acima de tudo, uma boa notícia.
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