Ouço bastante gente dizendo que Anderson é meia-atacante.
Não. Anderson é atacante por inteiro. Segundo atacante, que cai pelos lados. Tal qual Robinho.
Meia, meia, temos apenas Diego. Camisa 10, camisa 10, temos apenas Diego.
Como a trinca de volantes é indispensável, na visão de Dunga, por que insistir com Júlio Baptista, se podemos tentar com Diego?
J. Baptista não é meia, nem aqui, nem na Venezuela. Ele é volante. Ou centro-avante. Não podemos esperar dele um lançamento milimétrico, que coloca o atacante na cara do gol, ou de toques laterais para cadenciar o jogo. De Diego, sim.
Com Júlio em campo, Robinho tem de voltar a todo instante para buscar o jogo. Com Diego, teoricamente, não.
Partindo do pressuposto que temos de jogar com três volantes, Diego tem de ser o meia de ligação. E a dupla de ataque formada por Anderson e Robinho.
Há quem diga que nenhum dos dois é centro-avante. Verdade. Nenhum é. Mas o Corinthians de 2005 também não tinha um centro-avante, mesmo assim, fazia muitos gols.
Fique claro: Anderson é atacante, assim como Robinho. Dois craques do futebol brasileiro. Craques. Mal aproveitados. Muito mal aproveitados.
Insisto na tese de que, com sete homens defendendo (linha de quatro, mais três volantes), Diego na meia - fazendo a ligação e chegando no ataque -, Anderson e Robinho na frente, devem ter liberdade para jogar.
Não tenho dúvida alguma de que com Diego no lugar de Júlio, e Anderson no lugar de Vagner, o Brasil criaria muito mais oportunidades de gol.
Você tem?
Um comentário:
O Grêmio campeão da Copa do Brasil de 2001 também não tinha, mas acho que não se pode determinar uma regra, nem com centroavante nem sem centroavante.
Quanto ao Diego, pra ser bem sincero, ele ainda não passou do "teoricamente".
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