A variação tática é benéfica e necessária a um time de futebol. E quanto mais treinada ela estiver, melhor. No entanto entendo que, em regra, o técnico tem de ter convicção e insistir na formação que ele julga ser a ideal.
Contra o Santos no Palestra, na semifinal do Paulistão, por exemplo, Vanderlei Luxemburgo trocou o tradicional 3-5-2 pelo 4-4-2 - sendo que foi daquela maneira que surgiram as atuações convincentes na temporada.
No 2 a 0 sobre a LDU, pela Libertadores, Luxa retomou o bom e velho 3-5-2. O Verdão não foi brilhante, longe disso. A equipe encontra sérias dificuldades para perfurar retrancas (seja no 3-5-2 ou no 4-4-2). Mas ontem, com três zagueiros, venceu.
Veja bem, sei que nem sempre todos atletas estão à disposição e eventualmente, em tese, é válido alterar o esquema em função do estilo de jogo do oponente. Porém, quanto mais vezes o sistema tático for repetido, mais afinado ficará.
Tomemos outros casos: dificilmente se vê Vagner Mancini e Mano Menezes modificando seus esquemas por causa do adversário. Eles sempre jogam com uma linha de quatro, dois volantes, três meias e um centroavante. O Inter também. Não lembro qual foi a última vez que Tite escalou o Colorado sem o losango no meio-campo.
Para mim o técnico tem de ter convicção e insistir no esquema que mais bem se adapta aos seus jogadores. Claro que não se pode ignorar o inimigo, mas hoje em dia as comissões técnicas se preocupam demais com o outro e esquecem de aperfeiçoar o próprio.
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