Mata, Schürrle, De Bruyne, Moses e Willian. Se nenhum deles for vendido nesses últimos dias de janela, na teoria são cinco candidatos para apenas uma vaga. Cinco candidatos para uma vaga porque se o esquema padrão for mesmo o 4-2-3-1, e se Oscar e Hazard forem titulares absolutos (acredito que são, não?), sobra apenas uma das beiradas. Na teoria, porque Mata pode jogar pela faixa central e Oscar pode jogar mais recuado, como segundo volante. Ainda assim, muitas opções para poucas posições, algo que pode gerar descontentamento de parte do elenco.
Willian tem futebol para chegar e ganhar a vaga na bola? Olha, até tem. Sua passagem pelo Shakhtar mostra isso. Sua versatilidade, inclusive, deve ajudá-lo, já que ele pode atuar nas três posições da linha de três. Contudo, embora seja um tremendo futebolista, Willian é, por exemplo, menos goleador que Schürrle. Num 4-2-3-1 onde o centroavante não cumpre seu papel (Torres, Ba), num 4-2-3-1 onde o centroavante não está à altura do resto do time, é ousado e inteligente que pelo menos um dos membros da linha de três seja um artilheiro em potencial. E entre os cinco candidatos citados acima, o alemão larga na frente dos demais nesse quesito.
Não sei quantas vezes mais ele vai ganhar no Chelsea, nem me interessa, porém fico com a impressão de que no Tottenham (e no Liverpool), Willian jogaria mais vezes. Ou melhor: nos Spurs e nos Reds Willian seria titularíssimo, enquanto nos Blues ele vai contar com uma concorrência de peso (algo que pode ser positivo, verdade) e provavelmente participará dum rodízio que pode lhe prejudicar quanto a uma possível convocação para a Copa do Mundo. Okay, independente do clube a chance dele pintar na lista do Felipão 2014 é pequena. Mas sem ser titular em seu clube (se é que não será), a chance diminui.
Em contrapartida, tem o outro lado da moeda: na teoria, no longo prazo, é melhor estar no Chelsea, que está sempre brigando pelo título da Premier League e está sempre participando da Champions, ao contrário de Liverpool e Tottenham, que em regra no máximo disputam uma vaga na Champions (nessa temporada, por exemplo, as equipes treinadas por Rodgers e Villas Boas participam "somente" da Liga Europa). Sem dúvida, isso deve ter pesado na decisão de Willian.
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