Sorte do dia: você é Alberto Moreno.
Não que a vida dele deva ser mole diante do Real Madrid. Mas só pelo fato de Gareth Bale estar fora da partida, eu, se fosse Moreno, comemoraria muito (certamente ele comemorou). Pelo seguinte: o craque galês atua na extrema direita do time treinado por Ancelotti, e consequentemente iria duelar a maior parte do tempo com o lateral-esquerdo do Liverpool (no caso, Moreno). Não que seu substituto seja ruim. Não é isso. Porém não há como negar que é menos intimidador e eficiente que Bale (na minha opinião o futuro Bola de Ouro).
Quem? Isco ou James. Um deles dever ser o substituto de Bale. Que os dois serão titulares, até que se prove o contrário, todos nós sabemos. A questão é saber quem vai ocupar o lado direito e quem vai ocupar o lado esquerdo do 4-4-2 em linha. Se Ancelotti quiser manter o princípio do pé trocado, vai com o canhoto James, a exemplo de Bale, à direita, e Isco à esquerda. Se quiser mudar de figura para talvez explorar os cruzamentos, ou colocar Isco – mais winger que James – para buscar as costas de Moreno, pode ser que o camisa 10 comece à esquerda e o 23 à direita.
Todos nós sabemos também que Cristiano Ronaldo rende mais à esquerda. Contudo no esquema do técnico italiano o atual Bola de Ouro tem circulado bastante pelo campo ofensivo (o que pode estar contribuindo para o seu número ainda mais elevado de gols; escrevi sobre isso aqui, por sinal). E, justamente para aproveitar os prováveis espaços às costas de Moreno (em tese mais presente e eficiente no ataque que Johnson), pode ser que CR7 caia mais pela direita. Se isso acontecer, Allen deve redobrar a atenção e dobrar a marcação sobre o artilheiro da temporada 2014/15. Claro, desde que essas sejam as escalações e as estruturas adotadas.
Na verdade, em relação ao Madrid, a probabilidade do XI ser esse é enorme. Só existe uma dúvida, como disse, pelo menos na minha cabeça, quanto ao posicionamento de Isco e James, quem vai à direita e quem vai à esquerda. Já em relação ao Liverpool, o buraco é mais embaixo. Eu confesso que me baseei nos vinte e dois nomes previstos no site da UEFA. Todavia pode ser que Lallana seja titular, na vaga de Coutinho ou Allen. Ou até mesmo Can. E tem outra: não bastasse minha dúvida quanto à escalação inicial, não estou tão convicto assim quanto ao esquema tático que Rodgers vai utilizar: 4-1-4-1 (4-3-3), 4-4-2 em losango, 4-2-3-1... São várias as opções. Digo que até um esquema com três zagueiros não me surpreenderia (três zagueiros versus dois atacantes). Em contrapartida, tenho convicção no 4-4-2 em linha de Ancelotti.
Revelada minha incerteza, se Rodgers for nesse 4-3-3 da prancheta acima, além de Sterling e Coutinho entrando na diagonal (sem abdicarem de chegar à linha de fundo quando a oportunidade aparecer), pode ser que Henderson cumpra um papel fundamental no setor de meio campo. Porque, caso bata de frente com Kroos, as chances dele se infiltrar na área de Casillas não serão pequenas, uma vez que o poder de marcação do alemão não é dos melhores. Ou seja, Henderson pode levar a melhor nesse duelo, se é que esse duelo irá de fato ocorrer. Já Gerrard deve distribuir o jogo de trás, sem sair do lugar, digamos assim, guardando a posição à frente da zaga (sem abrir mão do chute de longa distância, claro).
Enfim. Teorias e tentativas de previsão à parte, a bola rola na prática às 16h45 desta quarta (horário de Brasília), no Anfield, pela 3ª rodada da fase de grupos da Champions League. No momento a situação é a seguinte: Real Madrid é líder com 6 pontos, Basel vem em segundo com 3 pontos, Liverpool em terceiro também com 3 pontos, e Ludogorets em último, sem ponto algum.
Ah, tem um detalhe: muita tradição em campo, são 15 títulos (confira aqui).
Nenhum comentário:
Postar um comentário