quinta-feira, junho 04, 2015

Prévia da final da UCL 2014/15

Quando Messi passa pelo lateral-esquerdo adversário, a vítima seguinte numa linha de quatro geralmente é o zagueiro pela esquerda. São eles os primeiros a combater o melhor jogador do mundo, os primeiros a tentar parar o imparável ponta-direita, que entra em diagonal driblando a tudo e a todos e muitas vezes acaba com um gol ou uma assistência para a coleção. No caso da Juventus esses caras são Evra e Chiellini. Ou melhor, são Evra e Bonucci, já que este desfalque de peso foi confirmado nesta quinta-feira (pois é, não teremos Chiellini vs Suárez). E Barzagli deve entrar pela direita. Onde terá uma vida não tão menos difícil assim, diga-se de passagem, pois o mesmo raciocínio se aplica a Neymar (e Lichtsteiner). Isso sem falar em Suárez, né.

Ou seja, o Barcelona é o grande favorito – obviamente. Já era quando a Juventus contava com Chiellini, e agora virou ainda mais. Contra qualquer adversário, aliás, sejamos justos, o Barcelona é o grande favorito. Contra Real Madrid, Bayern, Chelsea, PSV, PSG e etc, esse Barcelona é o grande favorito. E contra a Juve não é diferente. Essa constatação, portanto, não se trata de um menosprezo à Velha Senhora, mas sim uma exaltação à equipe de Messi, Suárez e Neymar. A condição de favoritaço, no entanto, não dá ao Barcelona o direito de um eventual relaxamento mental, porque, mesmo sem Chiellini, o time treinado por Allegri pode sim frear o trio MSN e cia. E para isso a aplicação do sistema tático à perfeição será fundamental (além da sorte, afinal, trata-se de um jogo).



O 4-4-2 em losango da temporada 2014/15 deve dar lugar ao 4-4-2 em linha, um esquema que preenche melhor os espaços do campo defensivo – desde que seja bem executado, claro. No 4-4-2 em losango não existem wingers e, consequentemente, os corredores laterais são oferecidos ao adversário (se você desloca os carrileros para marcar as beiradas, abrem-se espaços no corredor central). E isso seria fatal contra um time como o Barcelona, que possui laterais apoiadores e pontas infernais. E, embora Pogba e Marchisio não sejam wingers de ofício, apesar de serem jogadores de faixa central e isso não se discute, são as melhores opções para fechar os flancos nesse esquema (vão acabar batendo de frente com Daniel e Alba). Esquema que, se for bem executado, com linhas próximas e sincronizadas, e uma estratégia bem assimilada, pode sim ser o caminho para frear o trio MSN. A questão é: vai? Bom. Aí vai depender do trio MSN. Pois se Messi, Suárez e/ou Neymar estiverem naqueles dias, impossível.

Seja como for, o panorama da partida parece evidente: Barcelona com a bola no pé e Juventus com o contra ataque na mente. Apesar de tanto um quanto o outro valorizarem a posse (não só o Barça, mas também a Juve), o fato é que só há uma bola e, até pela esperada postura da Juventus, ela deve ficar mais tempo com os culés. Isso com o placar empatado. Pois caso a equipe treinada por Luis Enrique o abra, esse panorama pode mudar, e quem pode passar a explorar o contra ataque é o Barcelona (e nesse quesito nenhum time no mundo é tão letal quanto o Barcelona de Messi, Suárez e Neymar). Agora, caso a Juventus abra o placar, o desenho do jogo deve ser mantido (posse azul e grená e contra golpe branco e preto). Enfim. Seja como for, o fato é que neste sábado tem a final da Champions League, baby! Às 15h45, horário de Brasília. E que vença quem jogar mais em Berlim!

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