Não cabem comparações coletivas porque um time levou quatro anos para ser montado, enquanto o outro disputou um amistoso apenas.
No entanto os paralelos individuais, peça a peça, são pertinentes, ainda mais porque as estruturas táticas são, se não idênticas, muito semelhantes (as diferenças estão nas características dos jogadores e na estratégia adotada: uma visa a manutenção da posse de bola, a outra visava o contra-ataque).
Na comparação nome a nome, a meu ver, a Seleção titular escalada por Mano perde para a de Dunga somente em quatro posições: gol, lateral direita, zaga central e quarta zaga. Nas outras sete, é superior.
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Embora haja um equilíbrio grande, André Santos é melhor que Michel Bastos tanto sem quanto com a bola. Tem mais presença física, visão e poder de finalização.
Quanto a Lucas e Gilberto Silva, o páreo é complicado, até pela quilometragem do segundo. Contudo vejo Lucas com mais precisão nas coberturas e qualidade para sair para o jogo. E apesar de achar Felipe Melo técnica e fisicamente um belo segundo volante, Ramires é indiscutivelmente mais bola.
Na meia, mantenho a posição defendida no
Twitter: Ganso joga mais que Kaká. Sob meu ponto de vista o 10 do Santos tem mais recursos que o 8 do Madrid. Tem mais visão de jogo e qualidade no passe. É verdade que um é mais meia-armador e o outro meia-atacante. Todavida é mais fácil ver Ganso colocar um companheiro na cara do gol do que Kaká. É mais produtivo à equipe.
Pelo lado direito, apesar de sua eficiência, Elano não tem a habilidade e a velocidade de Robinho, peculiaridades fundamentais para atletas que atuam na beirada do campo, ou na ponta, se assim preferir (eu prefiro ponta).
Pelo lado esquerdo, Neymar supera Robinho. Já escrevi
aqui no blog, inclusive, que para mim os fundamentos (passe, finalização, visão, etc) do novo Menino da Vila batem os do velho Menino da Vila.
E por fim, na referência do ataque, Pato engole Luís Fabiano. Aliás, você que me acompanha sabe que o atacante do Milan é, na minha opinião, o
sucessor de Ronaldo. Veja bem, não afirmo que Pato será igual, melhor ou pior que o Fenômeno. Apenas digo que pelos próximos anos a 9 é dele, a não ser que apareça um centroavante acima.