Quando assumiu o cargo de treinador da Seleção há pouco mais de um ano, Mano Menezes falou em protagonismo, proposta de jogo, manutenção da posse de bola, ditadura de ritmo. Na prática, no entanto, não é o que tem ocorrido.
É verdade que Ganso, peça-chave na execução desse plano, ficou inativo por seis meses e, digamos assim, inviabilizou o projeto. É verdade também que o camisa 10 teve toda a Copa América para exibir seu talento e seus passes mágicos, mas não o fez. Não é menos verdade, porém, que o santista vive, fora de campo, um impasse em relação a seu passe - o que pode refletir em seu rendimento entre as quatro linhas.
No amistoso desta quarta-feira, em Stuttgart, o Brasil precisava da vitória em cima da Alemanha. Ou melhor: da não-derrota. Talvez por isso, depois de ter "falhado" com o 4-2-3-1 na Argentina, com Ganso de cérebro da equipe, Mano abriu mão do esquema que mais lhe agrada para jogar com um triângulo mais marcador na meia-cancha, o que, obviamente, não é garantia de vitória. Ou de não-derrota. Como não foi.
Demissão é a solução? Claro que não. Até porque o período é de renovação e os principais atletas ainda carecem de experiência com a amarelinha. Contudo Mano Menezes precisa mexer os pauzinhos e rever alguns conceitos, em especial no que diz respeito à convocação, à escalação e aos casos de Marcelo e Hernanes, que já deveriam ter sido pra lá de contornados.
6 comentários:
Na Copa América, o time jogou sempre com essa proposta de protagonismo e pressão na saída de bola, mesmo quando não foi bem. Evoluiu durante o torneio e saiu na sua melhor exibição, com Neymar, Robinho e Pato perdendo um monte de gols - sem contar os penaltis.
Hoje, jogou retrancado e no contra-ataque. No fim do primeiro tempo, chegou-se a 66% de posse de bola para a Alemanha.
Derrube-se ou não o técnico, mude-se ou não a escalação, o triste é se as duas derrotas (Paraguai e Alemanha) forem analisadas da mesma forma: só pelo resultado. Eu poderia demitir Mano pelo jogo de hoje, não pelo resultado, mas pela proposta de jogo, que me pareceu medrosa. Errar faz parte, mas tentando acertar.
No primeiro amistoso do ano, contra a França, Mano escalou o meio campo com Lucas Leiva, Elias, Hernanes e Renato Augusto. Seis meses depois, contra a Alemanha, jogaram Ralf, Ramires, Fernandinho e Robinho.
E dizem que é um time em construção.
O que eu vejo é um técnico perdido em seus princípios.
A questão é realmente de postura em campo. O time tá medroso, parece que não querem jogar, muito menos jogar bem.
Abraços.
Obs.: escrevi a respeito em meu blog.
Para vocês quem tb curtem futebol, olha que legal esta homenagem, achei bacana: http://www.youtube.com/watch?v=nJxviZ8w6qg
entre ai neste blog muito legal pessoal
http://omelhoresportedomundo.blogspot.com/
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