Manutenção da posse (chegou a 85%), girando a bola pacientemente, explorando as tramas ofensivas pelos flancos. Em regra esse foi o comportamento do Porto diante do Gil Vicente, nesta segunda-feira, em casa, pela 16ª rodada do Campeonato Português.
Não sei se o foco pelos flancos foi estratégia ou falta de competência pelo corredor central. Até certo ponto o desempenho dos dragões foi equilibrado, é verdade. Com Danilo e Varela pelo lado direito, e Alex Sandro e Defour pelo esquerdo, o time treinado por Vítor Pereira atacou com contundência. Pela faixa central, porém, a equipe pouco criou, principalmente no primeiro tempo.
Não sei se o Porto pouco criou por dentro por priorizar as jogadas pelas beiradas, ou se a causa maior pode ser atribuída à noite pouco inspirada dos meias Lucho e Moutinho. Não jogaram mal. Não é isso. Apenas foram discretos nas infiltrações, tanto que vez ou outra quem apareceu na frente foi Fernando. Apresentaram-se pouco os camisas 3 e 8. Poderiam ter aproveitado mais Jackson como pivô, ou até mesmo as tabelas com os pontas e os laterais.
No fim das contas o placar de 5 a 0 (domínio total) foi construído com merecimento em duas jogadas individuais de Danilo e Defour, além do gol contra de Vítor Vinha, e dos gols de Varela e Jackson, frutos dos cruzamentos de Castro e Sebá (jogada pelos lados). Com a vitória sobre o Gil Vicente o Porto chegou aos mesmos 42 pontos do Benfica, mas assumiu a liderança graças ao critério de desempate.
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