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Sem Ricardo Goulart, Marcelo Oliveira puxou Éverton Ribeiro para o seu habitat natural: a faixa central. Embora nessa temporada normalmente seu posicionamento inicial seja o lado direito do 4-2-3-1, o camisa 17 prefere trabalhar por dentro, região onde seu rendimento é excelente. Apesar de assumir o papel do chamado meia central nessa partida, contudo, Éverton não se restringiu àquela parte do gramado. Não esperou a bola no pé, se deslocou por todo campo ofensivo e tornou-se bastante participativo. Voltou para buscar o jogo, caiu pelos dois lados para se aproximar dos dois pontas (Willian e Dagoberto), encostou no centroavante (Borges), entrou na área... Assumiu o protagonismo da criação a partir de uma movimentação intensa e inteligente, algo que, por exemplo, Özil faz no Arsenal e fazia no Real Madrid com singular maestria.
Além da movimentação, outro ponto parecido é a canhota. Ambos possuem o pé esquerdo dotado de técnica tanto para o passe quanto para o arremate. Claro que a visão de jogo de Özil permite a ele aquelas lindas assistências que Éverton talvez não consiga executar. Porém na qualidade do chute em si, o atleta da Raposa lembra o Gunner (que, insisto, é superior em praticamente todos os critérios). Veja bem: não sou louco. Evidente que Özil é de outro patamar. Por isso a intenção aqui não é propriamente compará-los, mas sim apenas registrar um elogio ao melhor jogador do Brasileirão, através dum paralelo traçado com o, disparado, melhor meia do mundo.
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