Não queria deixar me influenciar por uma vontade pessoal, porém vou me permitir isso. No Clásico deste sábado, provavelmente Gareth Bale começará no banco, mas na prancheta pré-jogo optei pelo galês no XI inicial por dois motivos: primeiro, por uma vontade pessoal; e segundo, por uma questão de estratégia.
Quando digo vontade pessoal, não me refiro simplesmente à titularidade do jogador mais caro do mundo. Me refiro também à parte estrutural da equipe. Ancelotti tem utilizado dois esquemas no Real Madrid, o 4-4-2 em linha e o 4-3-3. Contra a Juventus, por exemplo, atuou com três atacantes. Já contra o Galatasaray, na Turquia, jogou com duas linhas de quatro (Di María e Isco wingers, Benzema e Cristiano Ronaldo no ataque). Di María e Isco, aliás, me parecem titulares absolutos em 2013/14. Se forem, a briga de Bale deve ser com Benzema. E no caso específico dessa partida contra o Barcelona no Camp Nou, entendo que ele pode ser mais útil que o francês.
Eu sei, Bale não é centroavante. Nesse 4-4-2, todavia, ele não trabalharia como tal. Nem ele, nem CR7. Embora a posse de bola sob o comando de Tata não seja tão predominante como nos tempos de Pep, a bola ainda fica mais tempo com o Barça, ainda mais em casa. Logo, imagina-se um Real Madrid fechado, voltado para o contra ataque. E é aí que entra Bale. Nesse jogo especificamente os atacantes merengues, em tese, não precisarão jogar de costas para o gol, tampouco fazer o papel da referência lá em cima. Em regra as oportunidades devem surgir em velocidade, com espaços à frente. Por essas e outras, apostaria no camisa 11 entre os onze. Contudo, acredito que Carlo inicie com Benzema ou Morata.
Quanto ao Barcelona a dúvida é, pelo menos a minha, Fàbregas ou Alexis. Justamente por se tratar de um confronto de posse de bola vs contra ataque (se é que assim será), talvez fosse pertinente entrar com Cesc. O 4 poderia se revezar com Messi como falso nove, deslocando o gênio argentino para a ponta direita, região de Marcelo (ou Coentrão). Ainda assim, pela confiança que Martino tem depositado no chileno e pela fase que ele atravessa, creio no trio sul-americano no ataque azulgrená (ah, tem também a possibilidade de Pedro na vaga de Sánchez).
Seja como for, com Bale ou sem Bale titular, com Fàbregas, Pedro ou Alexis, espera-se muito do clássico espanhol e principalmente de Neymar, pois será seu primeiro (Bale idem). No último jogo grande, contra o Milan, no meio de semana, o desempenho do brasileiro ficou aquém. Vamos ver diante do maior rival, no embate válido pela 10ª rodada da Liga.
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