No começo o Inter teve Jorge Henrique aberto à esquerda. Mas logo após o gol de Willians aos 3 minutos e pouco, quem abriu para duelar com Pará foi Otávio. Dessa maneira o camisa 23 passou para dentro e bateu de frente com Souza, de modo que o 8 duelou com Riveros. Já da direita partia o canhoto D’Alessandro, enquanto Damião ficava na referência e João Afonso cercava o atacante Kleber.
Quando saiu a escalação do Grêmio, pensei no 4-4-2 em linha com Vargas e Riveros ou Ramiro nas extremas. Embora alguns cantem no 4-3-3, não deu outra: o chileno atuou à esquerda, com o baixinho Ramiro à direita. Durante alguns momentos da primeira etapa, aliás, Ramiro flutuou pela faixa central, posicionamento que deu liberdade ao lateral-esquerdo colorado. No frigir dos ovos, porém, o 36 tricolor fechou o lado direito.
A estratégia do visitante me pareceu clara: o contra ataque. No entanto, em função da abertura do placar tão cedo, quem passou a adotar o contra golpe foi o mandante, muitas vezes com até Leandro Damião atrás da linha da bola no compacto 4-1-4-1 de Clemer. Apesar das poucas chances criadas, nesse panorama o Inter foi superior ao Grêmio, pelo menos até o golaço contra de Jackson ainda no primeiro tempo. No segundo, com ambas as equipes saindo para o jogo, mais espaços surgiram e o confronto ficou lá e cá.
Pelo lado do Internacional, em desvantagem por 2 a 1 (Vargas virou no início da etapa final), Forlán entrou na vaga de Jorge Henrique e o time passou para o 4-2-3-1, com D’Ale por dentro, o uruguaio em cima de Alex Telles e Otávio na mesma, o flanco esquerdo. Mais tarde Otávio saiu para a entrada de Caio, que entrou para jogar também em cima de Telles, de modo que Forlán inverteu de lado. Já Renato Gaúcho teve de colocar Saimon no lugar de Werley (lesão), e bem mais além, talvez para segurar o empate, colocou Mamute e Wendell nas vagas de Barcos e Vargas.
No fim das contas, o clássico foi bem jogado no Centenário. Tradicionalmente feito de embates amarrados, o Gre-Nal deste domingo apresentou equipes, aos seus estilos, até certo ponto ofensivas, à procura do gol a todo instante. Apesar da superioridade colorada no primeiro tempo, a meu ver o 2 a 2 (D’Alessandro descontou de pênalti) ficou de bom tamanho, em especial por causa dos 45 minutos finais.
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