Só vejo uma saída para o Fluminense: o 4-4-2 em losango. Pois não dá para imaginar Fred ou Walter sendo escalado numa das beiradas do campo. Ou dá? Eu não consigo. Também não consigo imaginar Walter na reserva. Logo fica difícil pensar na equipe distribuída num esquema com pontas (4-2-3-1, 4-3-3). Outro fato que indica a utilização do 4-4-2 em losango é a presença de Conca no elenco. Seria um desperdício, a meu ver, escalá-lo numa das extremas. O argentino é enganche e ponto.
Eu sei, futebol não é ciência exata. Conca poderia fechar o lado do campo sem a bola, e com ela trabalhar pela faixa central. Dessa maneira caberia o 4-4-2 em linha (Conca e Wagner/Biro Biro nas extremas, mais Diguinho e Jean volantes) ou até mesmo o 4-2-3-1, com Conca numa ponta, Biro Biro na outra, e Walter recuando pelo centro, atrás de Fred. Ainda assim, na minha visão, o argentino é enganche e ponto.
Um dos problemas do 4-4-2 em losango (4-3-1-2, se preferir) é a ausência de jogo pelos flancos. Isso na teoria, porque dependendo da qualidade dos seus laterais, essa carência ofensiva pode ser suprida (depende também do dedo do técnico). Bruno e Carlinhos, convenhamos, são bons laterais em todos os aspectos. O lado direito talvez ficasse mais forte, graças às contundentes e constantes subidas de Jean.
Dá para imaginar Walter no banco? Não, né. Mesmo acima do peso, é Walter e mais dez. E digo isso com convicção por causa, claro, da bola que ele jogou no ano passado. De qualquer forma, independente de sua forma, o XI tricolor no papel é excelente. O problema é o plantel, sem tantas peças de reposição ditas à altura, e sem equilíbrio entre setores e posições. Hoje, 16 de janeiro (pode ser que alguém ainda chegue, vai saber), o elenco que Renato Gaúcho tem em mãos está longe de ser dos melhores do país.
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