Pelo que acompanhei de ontem para hoje, grande parte da imprensa esportiva acredita que os três pênaltis marcados a favor do Palmeiras são legítimos. Alguns colegas dizem até que são "indiscutíveis". Eu discordo. Os dois últimos, de fato, foram bem apitados. Agora, o sofrido por Valdívia...
Veja bem, não existe "meia" falta. Ou a infração, seja no grande circulo ou na pequena área, existe, ou não existe. Mas parece que nos gramados brasileiros a "meia" falta existe. Eu explico. Como escrito nesse post, os árbitros brasileiros são covardes, e marcam falta em qualquer toque, por mais fresco que seja. Os jogadores brasileiros, e os estrangeiros que aqui atuam, ficam mal acostumados, "cai-cai". E a culpa é dos juízes. Alguns deles, dos jogadores, sabem mais cavar faltas do que jogar bola.
Valdívia sabe mais jogar bola do que cavar falta. Mas isso não o impede de ser um exímio cavador de faltas. Como no lance do pênalti de ontem, quando o chileno deixou o pé para ser tocado pelo são-paulino, que já estava deitado no chão. O meia alviverde poderia muito bem continuar a jogada. Ele não cairia por nada. Mas caiu, de propósito. Pisou em falso, propositalmente, com o pé esquerdo, enroscou o direito na perna de Júnior, e se jogou. O contato existiu, pois futebol é um esporte de contato. Mas não foi o contato que derrubou Valdívia. Ele próprio se derrubou. Mas num país de árbitros frouxos, claro que o pênalti seria marcado, e Valdívia e todos os outros atletas sabem disso.
Esse exemplo do Valdívia é só um caso isolado. Nosso futebol tem dezenas e dezenas de lances iguais a cada partida. E essa irritante mania de abrir mão da jogada para cavar uma falta está passando dos limites.
Muito se diz que na arbitragem é tudo uma questão de interpretação. Pois em relação às faltas, minha interpretação é essa: se o boleiro desiste da jogada, se encosta no adversário, e se atira no gramado, mesmo que haja o toque, o juiz tem de deixar a bola rolar. Mas falta coragem, e/ou qualidade, aos homens do apito.
7 comentários:
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Cara, você deveria falar é da imprudência do Junior em dar um carrinho daqueles dentro da área, e não da malandragem do Valdivia e nem da qualidade do árbitro.
Seguindo a sua linha de raciocínio, o junior deve saber que os árbitros são assim "frouxos", e sabendo disso, como ele se arrisca dando um carrinho desnecessário daquele ali dentro da área? O cara acertou o Valdivia de leve, e FOI PENALTI... mas se aquele carrinho tivesse acertado em cheio, as consequencias poderiam ser piores, com o Junior expulso, o penalti e ainda com o Mago machucado...
Esse chororo dos bambis ta ficando chato ja viu...
Abraço...
Claro que o Júnior foi imprudente. Mas esse texto é bem mais âmplo. O lance entre o lateral são-paulino e Valdívia foi só para exemplificar minha opinião sobre esses vícios: o do jogador, em sempre cavar, e do árbitro, em sempre marcar.
Abraços.
Eu sou um dos que defendo a tese que os três penâltis aconteceram. Cavando falta ou não, o fato é que o chileno Valdívia já ocupa no mínimo o pódio entre os melhores jogadores do Brasil.
Concordo contigo. A imprudência existiu, mas é evidente que o Valdívia deixou o pé. Ele se fez ser atingido.
Isso não tira o mérito dele estar se firmando como o melhor do Brasil. Mas se ele jogasse de pé o tempo inteiro, seria muito mais inquestionável.
Belo Post. Abs!
Minha opinião sobre Valdívia é clara. Ele é craque, e é o melhor do Brasil. Já escrevi sobre isso há uns dias, inclusive.
Concordo com seu comentário, porém faço uma única ressalva, o jogador Junior assume o risco de atigí-lo e com isto o de fazer o penalti.
Ainda sobre o lance, mas não isoladamente, exite uma resolução da FIFA que fala que o carrinho imprudente é falta, o seja, dentro ou fora da área é falta, que inclusive pela mesma resolução fala que não sendo violento deve ser punido com cartão amarelo, e se violenta com cartão vermelho.
Desta forma não há o que se discutir sobre a atitude do árbitro, que na minha opinião foi muito bem, e teve "culião" para marcar 3 penaltis contra o clube mais reclamão do estado de São Paulo.
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