Semana suculenta nas Américas

A Copa Libertadores da América bem que poderia se chamar Copa Libertadores da América Latina.

Do México à Argentina, na nossa calejada América Latina, a Libertadores é o filé mignon do futebol.

Embora a maioria dos jogos esteja mais para carne de pescoço.

Jogos duríssimos, que tornam-se mais rígidos e indigestos ao longo da competição. Principalmente nas fases de mata-mata.

Ir à Bombonera, arena onde o Boca costuma devorar seus adversários, não é uma tarefa macia. Mas cabe ao Cruzeiro, nesta quarta-feira, ir lá e desafiar o Boca. E todos seus dentes.

Enfrentar o Nacional, no Uruguai, é osso duro. Pergunte a Toró e a tantos outros brasileiros que lá jogaram. Portanto, todo cuidado é pouco por parte do São Paulo, que terá de jogar em Montevidéo com a faca nos dentes para não amargar um resultado vexatório.

Pegar o outro Nacional, o da Colômbia, em Cali, é um compromisso mais apetitoso. Já que o anfitrião é fraco, e o Fluminense tem um grande time.

Ainda na quarta-feira, o Flamengo joga contra o América no México, país mais ao norte da nossa América Latina, também pelas oitavas-de-final da Libertadores - filé mignon do nosso futebol. Filé mignon que, com certeza, não será o prato servido aos rubronegros no Estádio Asteca. Nem mesmo bisteca. (Essa não precisava!)

Na quinta, para fechar o cardápio futebolístico, o Santos recebe o Cúcuta, na Vila Belmiro. A partida é em casa, é verdade. Mas a equipe colombiana é lisa, vai se fazer de isca, e nesse confronto o Peixe corre o risco de morrer pela boca.