Vasco x Grêmio, o jogo de sábado

Nem em Porto Alegre, nem em Floripa, nem em Seattle.

O jogo mais importante do sábado acontece em São Januário, Rio de Janeiro: Vasco x Grêmio.

O Sport estará de corpo presente na fria capital gaúcha contra o Inter, mas está, e estará, com a cabeça em São Paulo, no Corinthians.

Na Série B, o Corinthians pega o Fortaleza no Pacaembu, com os pés no chão, e a cabeça no Morumbi, no Sport.

Em Floripa, o Figueira vai pensar só no Goiás, e o Goiás, só no Figueira. Mas Figueira x Goiás é Figueira x Goiás, e Vasco x Grêmio é Vasco x Grêmio.

E à noite, para fechar o sábado e iniciar o domingo, tem a pelada da Seleção, lá nos states, contra o forte Canadá.

Sou mais Vasco contra Grêmio.

Porque, para o Vasco, é um jogo para amenizar a dor da eliminação da Copa do Brasil.

Mas o Grêmio, que nada tem a ver com isso, vai ao Rio de Janeiro para pôr o dedo na ferida.

O Tricolor tem grandes chances de ir a São Januário e vencer o Vasco, não por uma notável superioridade técnica da equipe gaúcha, mas sim pelo abalado momento psicológico vascaíno.

Vasco e Grêmio é um clássico do futebol, ao contrário dos outros jogos. E, não só por isso, é o destaque de sábado.

Propaganda enganosa

Sem Ronaldinho e Kaká, o ticket tem que ser mais barato!

***

Brasil e Canadá jogam neste sábado, às 23h30 (Brasília), no Qwest Field, em Seatlle.

Fluzão, Leão e Coringão

Que foi sensacional o resultado obtido pelo Fluminense ontem à noite, foi. Mas não se pode comemorar. A decisão tem 180 minutos, e o Boca nos mostrou, nessa e em outras Libertadores, que joga como ninguém fora de casa. Por isso, todo cuidado é pouco, e toda atenção deve ser redobrada. Deve-se manter o foco! Fosse eu treinador, iniciaria a concentração do Flu a partir de segunda-feira. Concentração fechada, com muita seriedade e união. Porque, imagino eu, a partida no Rio será mais difícil que a de Buenos Aires.

Sensacional foi também a maneira como foram decididas as semifinais da Copa do Brasil: nos pênaltis. Sport e Corinthians corresponderam às expectativas de muita gente, e vão fazer a final. Qualquer dois dos quatro que chegassem à decisão seriam merecedores. Quiseram os Deuses do Futebol que fossem Sport e Corinthians, uma final digníssima, cheia de emoção, e sem favorito.

É a hora da revanche

Boca Juniors e Fluminense se enfrentaram apenas uma vez na história.

Foi um amistoso em 1º de julho de 1956.

O estádio do San Lorenzo foi o palco, e o time argentino venceu o Flu por 3 a 1.

Antonio Valentín Angelillo marcou dois, José Borello, um, e Valdo fez o de honra para o Tricolor Carioca.

'Valdo - Waldo Machado da Silva, natural de Niterói, tornou-se sinônimo de gol para a torcida tricolor. Fazia gols de canela, com chutões desprovidos de dribles ou firulas. Sua genialidade residia justamente na capacidade de não perdê-los. Sua média no clube foi quase de um gol por partida. É o maior artilheiro do Fluminense, com 314 gols em 403 jogos. Atuou pelo clube de 1954 a 1961.'

Que o maior goleador do Fluminense sirva de inspiração a Washington e companhia, para que eles marquem ao menos um golzinho hoje à noite. Nem que seja de canela.

Hoje a noite é carioca!

Se recifenses, paulistanos e porteños permitirem.

Do Blog do Juca

Goleada do sexo

70% dos 3300 blogueiros responderam que entre sexo e futebol, preferem o sexo.

O brasileiro é mesmo um povo bom de cama, porque nas Europas a resposta foi bem diferente.

Bom de cama ou cascateiro?

***

A enquete era a seguinte: você prefere uma bela relação sexual ou um belo jogo do seu time?

Na Europa, venceu o "belo jogo do seu time". No Brasil, deu "uma bela relação sexual".

Essa diferença entre a escolha dos brasileiros e europeus existe por dois motivos:

1) Nossas mulheres são beeem melhores que as deles;

2) E os times deles são beeem melhores que os nossos.

Que venha o Boca!

Para dar mais segurança à zaga Tricolor, e para conter os avanços de Palácio e Palermo, Ygor provavelmente atuará como terceiro zagueiro, evitando que a dupla de ataque do Boca fique no mano a mano com Thiago Silva e Luiz Alberto.

Segundo declarações de Renato Gaúcho, Riquelme sofrerá marcação individual durante toda a partida. E, parece-me, Arouca será o encarregado de parar o craque argentino.

Assim como no jogo contra o São Paulo no Maracanã, Thiago Neves, e principalmente Cícero e Conca, além de compor o meio-campo sem a bola, com a bola irão se aproximar do centroavante Washington.

A equipe argentina joga com praticamente três volantes. Três volantes que sabem jogar, é verdade, mas ainda assim três volantes. Que irão bater de frente com os três meias do Flu. Assim sendo, um dos atalhos para se chegar ao gol será pelas laterais do gramado.

E é preciso que o Tricolor Carioca faça ao menos um gol em Buenos Aires, pois como se viu nessa e em outras Libertadores, o Boca Juniors sempre marca gol(s) fora de casa.

Se pensar que perder por 1 a 0 é bom resultado, como pensou Renato ao final do jogo do Morumbi, o Fluminense ficará pelo caminho.

Mundial de Clubes mundo afora

O Mundial de Clubes da FIFA será disputado nos Emirados Árabes nos anos de 2009 e 2010.

Sou a favor da idéia. Inclusive já escrevi aqui no blog há algumas semanas que gostaria de ver o Mundial de Clubes rodando o mundo, estilo final da Champions League, que tem seu local definido com antecedência, e gira por várias cidades européias a cada ano.

Em 2011 e 2012 o Mundial voltará a ser no Japão. Mas, pelo visto, pretende-se levar a competição aos quatro gomos do planeta.

Quem sabe, num futuro não muito distante, teremos uma edição do Mundial no Brasil.

Não sei você, mas, repito, sou mais do que a favor.

"Golaços" da 3ª rodada

Estes foram os cinco 'golaços' eleitos pelo GloboEsporte.com.



Cá entre nós, faltou inspiração aos nossos jogadores neste fim de semana.

Mourinho na Inter de Milão

O treinador português fechará com a Inter de Milão por três temporadas, informa 'A Bola'.

José Mourinho irá ganhar uma esmola anual de 9 milhões de euros.

E segundo o periódico lusitano, o técnico levará com ele Deco e Lampard ao clube milanês.

Malandragem versus Catimba?

Catimba?

Isso não existe há anos.

O Boca Juniors joga é bola.

E a tal 'catimba' atribuíada aos argentinos não passa de desculpa esfarrapada antecipada de brasileiro perdedor.

5.049 pagantes

Este foi o público que viu São Paulo 1, Coritiba 1, no Morumbi.

Apenas cinco mil espectadores! Seqüelas causadas pela eliminação na Libertadores.

A torcida são-paulina é muito, mas muito mal acostumada.

Cruzeiro 4 x 0 Santos

Resultado de quem vai brigar sério pelo título, definitivamente.

Resultado cruzeirense, claro.

Veja os gols da partida

Intervalo

Vou privar vocês de minhas bobagens por uns dias.

Viajo hoje, volto domingo.

Abraços!

Atlas 0 x 3 Boca Juniors

Após empatar em Buenos Aires por 2 a 2, ir ao México e enfiar três no Atlas, tratando-se de Boca, não surpreende.

Fluminense 3 x 1 São Paulo

Após perder por 1 a 0 no Morumbi, enfiar três no São Paulo, em pleno Maracanã, foi surpreendente. Principalmente pelos dois gols de Washington, que não marcava há oito partidas.

Fluminense x São Paulo, setor a setor

Evidente que não é só a parte técnica que decide uma partida de futebol. Fatores de ordem física, tática e psicológica são crucias para o desenrolar de um jogo. Entretanto, nessa postagem, compara-se superficialmente apenas o lado técnico entre as duas equipes, setor por setor. Vamos lá:

1) Rogério é mais goleiro que Fernando Henrique, não há dúvida.

2) A linha defensiva paulistana é levemente superior à carioca. O São Paulo deve alinhar Jancarlos, Alex Silva, Miranda e Richarlyson. O Flu, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Júnior César. É bem discutível, mas vejo a linha de quatro são-paulina ligeiramente mais confiável.

3) No meio-campo, a briga é boa. Possivelmente Muricy entre com Zé Luis, Fábio Santos, Hernanes e Jorge Wagner. Já Renato deve mandar a campo Ygor, Arouca, Cícero e Conca (com eventual recuo de Thiago Neves). De novo, o equilíbrio é imenso. Mas o meio-campo da equipe de Laranjeiras é mais criativo, e por isso leva vantagem.

4) No ataque, imagino eu, Washington e Thiago Neves (eventualmente adiantado) vestirão a camisa branca, verde e grená. A branca, preta e vermelha será usada por Dagoberto e Adriano. A dupla do Fluminense é infinitamente acima da média brasileira. Infinitamente. Mas não é mais contundente que a do São Paulo, muito em função de Adriano, que tem carregado o time nas costas.

5) E por fim, os treinadores: Muricy Ramalho é mais técnico que Renato Gaúcho, não há dúvida.

Levando em conta o resultado do jogo de ida (1 a 0 SPFC), teoricamente, o grupo do Morumbi é levemente favorito a sair do Maracanã classificado às semifinais da Copa Libertadores. Teoricamente.

Botafogo vence Corinthians de virada

O equilíbrio previsto no jogo do Engenhão entre Botafogo e Corinthians se confirmou.

No primeiro tempo, apenas duas oportunidades claras de gol foram criadas por ambos. E apenas o lateral-direito Carlos Alberto concluiu bem, após uma bela linha-de-passe.

O gol corinthiano, que saiu logo aos 22, trouxe à tona a Síndrome do Botafogo. O time e a torcida ficaram desconfiados, inseguros, nervosos, ansiosos, impacientes... O Corinthians, que nada tem a ver com isso, fez seu jogo.

Na segunda etapa, logo aos 8, Lúcio Flávio, de pênalti, abriu o placar para a Estrela Solitária. Os nervos botafoguenses se acalmaram, e os corinthianos se afloraram. O Botafogo cresceu, e o panorama da partida se inverteu.

Aos 43 do segundo tempo, para coroar a reação dos anfitriões, Jorge Henrique marcou o da virada. 2 a 1 Bota. Resultado que, parece-me, é melhor (ou menos pior) para o Timão do que para o Fogão, já que há mais 90 minutos, dessa vez, num Morumbi provavelmente lotado.

Se bem que, em São Paulo, Mano terá quatro desfalques importantes (Carlos Alberto, André Santos, Fabinho e Lulinha).


Melhores momentos da partida (duração: 3m53s)

Botafogo x Corinthians: não há favorito

Nesta terça-feira, Botafogo e Corinthians medem forças no Rio de Janeiro, na partida de ida das semifinais da Copa do Brasil.

Segundo ouço e leio, a equipe de Cuca é apontada por muitos como favorita no jogo do Engenhão. Senão favorita, considera-se que o Fogão tem um time melhor, ao menos no papel.

Não vejo dessa forma.

O fato de o Timão estar disputando a Série B não o qualifica como inferior na comparação com quem quer que seja.

Seja no papel, seja no campo, Corinthians e Botafogo são equivalentes. As linhas defensivas são bastante semelhantes; o meio-campo corinthiano é mais consistente; e o ataque botafoguense é mais incisivo. O equilíbrio é muito grande.

O Botafogo é muito forte em seu estádio e há de se levar em consideração o fator casa. Mas no clássico alvinegro de amanhã, o Coringão tem plenas condições de voltar da cidade maravilhosa com a vitória na bagagem.

Quem é mais decisivo?

Apontado por muitos como o melhor jogador do planeta, Cristiano Ronaldo é o artilheiro da Liga dos Campeões com 7 tentos anotados. O português é uma das esperanças de gol do Manchester United.

Com um a menos que Ronaldo na competição, Didier Drogba já foi às redes por 6 vezes. O marfinense está entre os três melhores centroavantes do mundo. E nesta quarta-feira, os torcedores do time londrino aguardam por seus gols.

Que ambos são jogadores excepcionais, todos sabem. Agora, qual deles é mais decisivo? É mais provavél que qual deles faça a diferença na final da Champions League? Drogba ou Ronaldo? Ronaldo ou Drogba?

Para mim, Drogba é mais decisivo.

Edinho, o carrasco colorado

Edinho fez duas faltas na partida contra o Palmeiras. Uma aos 14, que lhe rendeu um amarelo. E outra aos 18, numa entrada dura em Valdívia: cartão vermelho direto.

Não pode um jogador profissional fazer o que o volante colorado fez. Deixar o Inter com um homem a menos, logo aos 18 do primeiro tempo, contra o Palmeiras, um dos concorrentes direto ao título do Brasileiro, no Palestra Itália, é burrice.

Brasileirão: gols da 2ª rodada

Enquete: favoritos ao Brasileirão

"Se tivesse que escolher apenas três candidatos ao título do Brasileirão, quais seriam seus favoritos?"

Após uma semana de enquete no ar, e mais de 200 votos assinalados, eis o resultado:

Palmeiras, 37 votos. Internancional, 36 votos. São Paulo, 25 votos.

Na sombra dos três ficaram Cruzeiro, com 24 votos, e Fluminense, com 22.

Em partes, estou de acordo com a votação. Só defendo, ainda, o palpite de que o Fluminense é um dos três principais candidatos. Para mim, no lugar do São Paulo.

Adriano, o Atlas do Morumbi

O Imperador tem levado o São Paulo nas costas, concordam?

Por quê?

Por que colocamos Palmeiras e Internancional entre os quatro melhores times do Brasil, e não incluímos nessa lista o Sport, que, com autoridade, eliminou ambos da Copa do Brasil?

Por dois motivos, acredito eu:

1) Pré-conceito.

2) No mata-mata tudo pode acontecer.

Deve haver outras razões, evidentemente. Mas só consegui pensar nessas duas. Se alguém tiver outras explicações, sou todo ouvidos. No caso, olhos.

São Paulo x Fluminense: o jogo da semana

Se levarmos em conta os confrontos anteriores de São Paulo e Fluminense na Libertadores, contra os Nacionais, podemos esperar um jogo duro no Morumbi. De assistir.

O Tricolor Carioca até que ensaiou um futebol-arte, e chegou a jogá-lo em algumas partidas nessa temporada. Mas de umas semanas para cá, a bola do Flu não tem sido a mesma.

Já o Tricolor Paulista, desde o início do ano, só pratica o futebol-força. Vence na base da persistência e da chamada bola aérea. O São Paulo é refém dos cruzemantos de Jorge Wágner para Adriano. Basta, entre aspas, anulá-lo, que a equipe de Muricy fica sem opções ofensivas.

Devido à força física e à experiência na Copa Libertadores, o time do Morumbi tem mais chances de vencer o Flu hoje à noite. Possivelmente por um magro 1 a 0. Com gol de Adriano.

Agora, se o time de Laranjeiras colocar a redonda no chão, e fazê-la girar, devido ao talento de seus jogadores, quem terá mais chances de fazer um bom resultado é o Fluminense.

Ou seja, não se pode esperar nada deste jogo. Pode-se esperar, isso sim, um jogo feio, já que um dos envolvidos é o São Paulo.

Decisões na Copa do Brasil

Botafogo e Atlético-MG empataram em 0 a 0 no Mineirão. Hoje, a partir das 21h45, no Engenhão, o Fogão é favorito. Porque tem muito mais time, joga em casa, e vai atrás da vitória.

No Beira-Rio, o Inter, com gol de Alex (sempre ele), bateu o Sport por 1 a 0. Foi pouco. Lembre o que o Leão fez com o Porco na fase anterior. Na Ilha do Retiro, às 21h50, audacioso é quem apontar um favorito.

Em Maceió, a zebra alagoana recebe o Vasco, às 15h. O 5 a 1 Vasco, em São Januário, praticamente garante o Gigante da Colina na semifinal da Copa do Brasil.

Duelo de alvinegros na semifinal

O Corinthians foi a Ribeirão Preto a trabalho, mas dentro de campo, passeou.

Foi muito superior ao São Caetano, fez 3 a 1, e, justamente, chega à semifinal da Copa do Brasil.

Agora, o Timão e seu bando de louco aguardam por, ou Botafogo, ou Atlético-MG.

Seja Botafogo, seja Atlético, o confronto em branco e preto está garantido.

E o time de Mano vai dar trabalho. Seja ao Atlético, seja ao Botafogo.



Melhores momentos da partida:

E eu vejo que Riquelme não vê os jogos do São Paulo.

Azulão x Timão: o jogo do dia

Timão entra com time ofensivo, arrisca GloboEsporte.com. Corinthians aposta na defesa, diz Estadão.

O retrospecto é desfavorável à equipe alvinegra: 21 jogos, 12 derrotas. O que, para o jogo de hoje, não quer dizer muito.

Estou na linha do GloboEsporte.com. Creio num Timão pressionando, atacando desde o início, com Herrera à frente, e a linha de três meias (Lulinha pela direita, Diogo Rincón centralizado, e Dentinho pela esquerda). Entretanto, Mano sabe que se tomar um gol, o caldo irá engrossar, já que o São Caetano marcou um tento na partida de ida. Portanto, penso eu, Nilton deve entrar no lugar de Eduardo Ramos para formar a dupla de volantes ao lado de Fabinho e dar mais consistência à marcação.

Não espere você, corintiano, um mamão-com-açucar em Ribeirão Preto, hoje às 20h30. Embora favorito, todo cuidado é pouco, pois o Azulão é encardido e demonstrou isso no primeiro jogo. Embora favorito, uma eliminação corintiana não será tão surpreendente assim.

O Maestro Mestre*

Diziam que ele não corria em campo.

Ao apito final, nenhuma gota de seu glorioso suor molhava o manto sagrado que lhe cobria o corpo.

Quem tem de correr é a bola, não o jogador, dizia ele.

Gênio.

Não sabia qual era a cor da grama. Não conhecia a cor da cal. Só jogava de cabeça erguida.

O pescoço avantajado dava-lhe grande visão de jogo. Lançamentos de dez, quinze, quarenta metros saíam de seu pé com tamanha banalidade. De olhos fechados. Perfeitos.

Único.

Contrariou Newton, o da maçã, com sua cobrança de falta, a folha, sua invenção.

Contrariou os goleiros.

Gigante.

Fez o primeiro gol no maior do mundo. O primeiro e muitos outros.

No maior do mundo, e no mundo todo. E em todo mundo.

Dono do meio-de-campo.

Dono de todo o campo.

Maestro.

Jogava por música. Clássica. Regia o time todo. Fazia das chuteiras, batuta.

Brasileiro.

Do Rio para o mundo.

Campeão.

Do Rio e do mundo.

Inigualável.

Insuperável.

Incoparável.

No Fluminense, no Botafogo ou na Seleção, fez das chuteiras, coração.

Pelos campos das Américas ou da Europa, de lá ou daqui, serás sempre lembrado, eternamente, Mestre Didi.

*Texto publicado, aqui no blog, em outubro do ano passado.
**Hoje, 12 de maio de 2008, completa-se 7 anos sem Didi.

Brasileirão: gols da 1ª rodada

Favoritos ao Campeonato Brasileiro

Num campeonato de pontos corridos com 38 rodadas e 20 times na disputa, dificilmente mais de três equipes brigam diretamente pelo título.

Por isso serei pretensioso ao ponto de apontar apenas três favoritos ao Campeonato Brasileiro, que começa no próximo domingo.


Levando em consideração que quase todos os times sofrem mudanças significativas ao longo da longa competição, eis meus candidatos: Palmeiras, Fluminense e Internacional - não necessariamente pela ordem.

Os alviverdes têm, além de um elenco farto e qualificado, jogadores acima da média (Valdívia, Diego Souza, Alex Mineiro etc), e um treinador competente, que conhece os atalhos dos pontos corridos.

Jogadores acima da média o Internacional também tem (Guiñazu, Alex, Nilmar etc). Tem, talvez, até mais que o Palmeiras. Sem falar que, no Beira-rio, o Colorado é quase imbatível.

O Tricolor Carioca, assim como os outros dois, possui atletas de excelente nível (Thiago Neves, Dodô, Washington etc).

No papel, os três times são, teoricamente, equivalentes. Ambos contam com belíssimos elencos, para os padrões brasileiros. Com tamanha paridade de material humano entre Palmeiras, Inter e Fluminense, provavelmente a comissão técnica fará a diferença nesse campeonato.

Maracanazzo rubronegro

"Somente um Maracanazzo tirará o Flamengo das quartas-de-final da Libertadores", escrevi no blog.

Na Copa do Mundo de 1950, todos consideravam o Brasil campeão antes do jogo.

Deu no que deu.

Nessa Libertadores, todos acreditavam que o Flamengo já estava classificado.

Eis que o Maracanazzo se repete.

Não em verde e amarelo.

Mas em vermelho, de sangue.

E negro, de luto.

Boca elimina Cruzeiro no Mineirão

Incrível como o time argentino não se intimida fora de casa. Joga em qualquer campo com uma naturalidade invejável.

Foi assim em Belo Horizonte.

O Boca foi mais eficiente e esperto que a Raposa. Quando teve a bola em posse, soube o que fazer, ao contrário da equipe mineira. Principalmente no primeiro tempo, quando fez 2 a 0 com Palácio e Palermo.

Na segunda etapa o Cruzeiro acordou (tarde), e diminuiu logo aos 10 com um golaço de Wagner. Faltavam 3. Os jogadores celestes ainda criaram várias chances, mas não conseguiram aproveitar. Final: 2 a 1 Boca, na Bombonera, e 2 a 1 Boca, no Mineirão.

Enquanto tiver sua espinha dorsal definida, seus pilares de sustentação, e sua dupla de ataque titular, o Boca Juniors sempre será o favorito à Copa Libertadores.

Fazer o quê?!

Temos que engolir o Boca.

Hoje é a vez de Cruzeiro, São Paulo e Flamengo

Após o 4 a 2 no México, somente um Maracanazzo, às 21h50, tirará o Flamengo das quartas-de-final da Libertadores.

No Morumbi, também às 21h50, a eliminação do São Paulo não será surpresa alguma. O Tricolor Paulista e o Nacional de Montevidéu se equivalem: jogam feio, na base da força e da bola aérea. Qualquer resultado é possível.

Às 19h10, no Mineirão, o Boca vai fazer de tudo para travar a partida. E como sabemos, os argentinos são doutores em não deixar a bola rolar, quando lhes interessam. Essa será a maior dificuldade enfrentada pelo Cruzeiro.

Flu se classifica, mas precisa melhorar

Sob poucos aplausos, muitas vaias e gritos de "Queremos raça!" da torcida, o Fluminense venceu o Nacional da Colômbia por 1 a 0, no Maracanã, e confirmou a vaga nas quartas-de-final da Libertadores.

As vaias têm explicação. O futebol apresentado pelo time de Laranjeiras - bem abaixo do esperado - também tem. Com a volta de Dodô, com bastante treinamento, e força de vontade, os jogadores tricolores tendem a voltar a exibir o fino da bola praticado há algumas semanas.

Caso contrário, caso o 'fino da bola' não volte, não vejo o Fluminense em condições de chegar à decisão da Copa Libertadores.

Carlos Alberto acerta com Botafogo

O contrato, por empréstimo, vai até o final do ano.

Para mim, Carlos Alberto joga muito. Tratando-se de Brasil, é, de longe, diferenciado.

Entretanto, seu problema é emocional. Ele não precisa de treinamento tático ou técnico para aprimorar seu futebol. Precisa, isso sim, de terapia.

Para voltar à velha forma, não basta pôr somente o pé na forma. Precisa, também, pôr a cabeça.

A Síndrome da Lavadeira

O União Esporte Clube, de Rondonópolis-MT, chegou ao seu 9º vice-campeonato matogrossense neste domingo, ao perder por 1 a 0 para o Mixto, de Cuiabá, em Rondonópolis.

O Estádio Luthero Lopes estava lotado. Bastava o empate ao clube rondonopolitano. 15 mil colorados empurraram o time rumo ao sonhado título inédito. Em vão.

O União mandou no primeiro tempo, mas pecou nas finalizações. Foram quatro oportunidades claras de gol desperdiçadas. Diogo, artilheiro da equipe e da competição com 18 gols, fez muita falta. Ele está afastado há três semanas.

No começo do segundo tempo, o Mixto fez um gol, e o Colorado não soube assimilar o golpe. Se desesperou, apelou para a bola aérea, e a Síndrome da Lavadeira entrou em campo.

Reza a lenda que, certa vez, o União não pagou a então lavadeira do clube. Para se vingar, a mulher enterrou um sapo no terreno do antigo estádio da cidade (hoje, um supermercado), e profetizou que o União nunca seria campeão. Passaram-se mais de uma década, e a maldição da lavadeira continua intacta, limpinha. E o União continua assim, com 35 anos de vida, e sem título algum.

No final, sempre dá Flamengo

Ou quase sempre. Pelo menos no Rio de Janeiro.

De que adianta a bela campanha do Botafogo, se na hora "H" o alvinegro falha?

No fim das contas, de novo, o time da Gávea levanta o caneco do campeonato carioca após enfiar 3 a 1 no rival. E Cuca e seus comandados continuam, conturbados, atrás de um título qualquer.

Palmeiras, justamente

Se havia mais de 10 anos de jejum no Paulistão, esse jejum chegou ao fim num banquete de gala. Com direito a chocolate de sobremesa.

Se houve um time que esteve, e está, alguns andares acima dos concorrentes, essa equipe é o Palmeiras. Não por acaso, faturou o título estadual. Graças ao dinheiro injetado pelo parceiro, graças ao talento de seus atletas, e, quer queira ou não, graças ao treinador de futebol Vanderlei Luxemburgo, que conquistou seu oitavo campeonato paulista.

4 vira, 8 termina

Foi inevitável o chavão das peladas de rua ao final do primeiro tempo: 4 vira, 8 acaba.

Dito e feito.

Como o saudoso Rolo Compressor de Tesourinha, o Colorado de Fernandão atropelou o Juventude por 8 a 1. Oito a um! Foram três gols de Fernandão, um de Danny Morais, um de Nilmar, um de Alex, um de Índio, e, acredite, um de Clemer, de pênalti, a la Djalminha, no último minuto da partida.