"O que vou tentar dessa vez?", é o que deve se perguntar José Mourinho antes de enfrentar o Barcelona de Pep Guardiola. Desde que assumiu o Real Madrid o treinador português enfrentou o rival catalão 8 vezes. Perdeu 4, empatou 3 e ganhou apenas 1.
A única vitória foi aquele 1 a 0 na final da Copa do Rei da temporada passada, em Valência. Naquele 20 de abril de 2011, quarta-feira, Mourinho escalou o Madrid no 4-1-4-1 com Alonso entre as linhas de quatro, Di María e Özil nas beiradas, Pepe e Khedira por dentro, e Cristiano Ronaldo de centroavante (relembre no Zonal Marking).
Nessa oportunidade Benzema ficou no banco, o que não aconteceu no 1 a 1 pela Liga Espanhola, no Santiago Bernabéu, quatro dias antes, quando o time da casa abdicou da posse da bola e se fechou em demasia para contra-atacar. Veja aqui.
No duelo mais recente, dia 10 de dezembro do ano passado, Mourinho não preparou surpresas, manteve o 4-2-3-1 habitual (Özil por dentro, Di María na ponta direita, Ronaldo na esquerda e Benzema na frente), e levou 3 a 1 em pleno Bernabéu.
Portanto é legítimo pensar que Mourinho se pergunte: "O que tentar dessa vez?" Baseado na prévia do Marca, montei essa primeira prancheta, na qual Mou não "inventaria" nada de diferente.
O problema desta formação pode ser a superioridade numérica do Barça no meio-campo. Quando a equipe de Guardiola tem a bola (geralmente 70% do tempo), Daniel Alves vira ponta-direita, e Lionel Messi se junta à meia-cancha, a exemplo de Cesc Fábregas. Na prática, logo, os visitantes podem ter 5 x 3 no setor (Busquets, Xavi, Iniesta, Fábregas e Messi versus Coentrão, Alonso e Özil).
Se isso de fato acontecesse, seria mais fácil para o Barcelona ficar com a bola no pé no campo ofensivo, trocando passes curtos à espera do momento exato para infiltrar na área e finalizar. Como de praxe.
Por isso não será surpreendente se Mourinho preparar algo novo. Na verdade, não tão novo assim. Algo semelhante àquela final da Copa do Rei: um 4-1-4-1 com Pepe (ou Sahin) entre as linhas de quatro. Só não imagino que dessa vez ele deixará Benzema na reserva, já que a fase do francês é ótima.
Desta maneira, sem a bola, Özil e Ronaldo se alinhariam aos volantes e auxiliariam na marcação a Xavi e Iniesta. Ou a quem aparecesse pela zona de ação dos extremos. E o falso nove azulgrená (Fábregas. Ou Messi) seria vigiado pelo delicado camisa 3 merengue.
Se isso ocorrer, quem pode ter liberdade para progredir é Busquets, tanto para buscar passes verticais para os companheiros quanto para aparecer na cara do gol. Já Alexis Sánchez deve variar entre corredor esquerdo e faixa central do gramado.
Tentativas de previsão à parte, o apito inicial será dado às 19h, horário de Brasília, nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu, para o jogo de ida das quartas de final da Copa do Rei.
Um comentário:
Esse foi mais um jogo onde não era novidade pra muitos...ótimos jogadores...vai ter um dia que jogos do barça não terão graça de se assistir
Postar um comentário