quarta-feira, novembro 28, 2012

As possibilidades dos Red Devils

Essa alternativa de Ferguson particularmente me agrada. Para encaixar Chicharito e Van Persie no time, o treinador do Manchester United às vezes adota o 4-4-2 em losango, com Rooney centralizado, responsável pela ligação entre meio e ataque. No 1 a 0 sobre o West Ham, por exemplo, nesta quarta-feira, no Old Trafford, foi assim.

Além de Rooney, Anderson também ficou encarregado pela criação. Mais solto que Cleverley, o camisa 8, embora tivesse caído bastante pelo corredor direito, flutuou em demasia pela faixa central, buscando arquitetar o jogo com passes e inversões. Quando o 10 encostava nos atacantes, quem preenchia a meia cancha com a posse e o toque era o brasileiro.



Quanto a Carrick, atuou mais preso, à frente da zaga, deslocando-se eventualmente aos flancos para cobrir as subidas dos laterais. Entre eles, Rafael foi mais presente no apoio do que Evra. A dobradinha com Anderson e com o próprio Van Persie por aquele espaço, em especial nos primeiros 45 minutos, foi acionada com frequência, apesar de poucas chances efetivas terem sido criadas por ali.

Aos 20 minutos do segundo tempo Young entrou na vaga de Cleverley, e os Red Devils passaram a atuar no 4-4-2 em linha, com os wingers Young (esquerda) e Rooney (direita) bastante adiantados (até pela fragilidade do adversário). Dessa forma, mais do que nunca, Anderson se transformou no principal armador, e o esquema tático pôde ser interpretado como 4-1-3-2. A equipe de Manchester, naturalmente, ficou mais ofensiva, a pressão cresceu, mas o placar, construído aos 33 segundos (isso mesmo) da primeira etapa, com RvP, não foi alterado.

Quando Kagawa voltar (parece que falta um mês), é possível um time com ele, Rooney, Van Persie e Chicharito? Talvez. Ferguson pode armar um 4-2-3-1 com Rooney e Van Persie pelas pontas, Kagawa por dentro, e Chicharito na referência. Ou no próprio 4-4-2 em losango, com Kagawa "carrillero", alinhado a Cleverley (o que já ocorreu, vide essa prancheta). Mas acho difícil. Se acontecer, deve ser ocasional. Portanto, se considerarmos o japonês titularíssimo, é provável que o 14 retorne ao banco. Uma pena, pois a temporada dele é excelente. Porém esse é o preço que se paga quando se tem um elenco estelar. Futebol se joga com onze, e alguém tem de ficar na reserva.

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