Se futebol é momento, a nove é do Jô. Ele está técnica, física e emocionalmente, no momento, à frente de Fred e Pato - seus supostos concorrentes. Enquanto o atacante do Fluminense volta aos poucos de lesão e o do Corinthians amarga a reserva, Jô tem deitado e rolado vestido de preto e branco. A questão é: pode render o mesmo de verde e amarelo?
Não sei. Se fosse uma rodada dupla de amistosos ao vento, como tem acontecido, por causa da ausência nas Eliminatórias, até pensaria que não. O treinador não teria tempo para treinar o time e provavelmente o jogador do Galo se sentiria um peixe fora d’água, por nunca ter sido convocado. Mas como há dois amistosos, mais uma competição por vir, se não de sobra, haverá tempo para treinar. Logo, o papo "não tem tempo para treinar" não cola. Dito isso, ainda assim, por uma questão de entrosamento, de condicionamento e de repetição, entendo que o rendimento de Jô (e da maioria dos jogadores) tenda a ser maior no clube do que na seleção.
Em relação aos supostos concorrentes, Fred e Pato, Jô está hoje à frente. Tecnicamente tem jogado mais, tem tido mais sequência, tem feito mais gols. Emocionalmente está um degrau acima, transpirando confiança (além de momento, futebol é, assim como na vida, acima de tudo, confiança). Fisicamente tem voado, ganhando todas divididas e se movimentado, participado, sem a bola, com mais intensidade (defensiva e ofensivamente). Taticamente, na fase ofensiva, tem oferecido um amplo leque de alta qualidade aos companheiros - inclusive com jogadas pelo alto, em especial quando tem atuado de costas e desviado de cabeça os lançamentos (leia mais aqui).
Jô é Van Persie? É Cavani? É Falcao? Não. É o centroavante do Brasil na Copa do Mundo? Não sei. 2014 são outros quinhentos. Só sei que, por ora, pensando na Copa das Confederações, ele deveria pintar na lista dos 23, pelos motivos descritos no parágrafo anterior. Se não para ser titular, pelo menos para compor o elenco. Na vaga de quem Jô poderia entrar? De Fred? De Pato? Não. Nenhum dos dois. Na vaga do "reserva do Neymar", que hoje, imagino eu, chama-se Osvaldo.
Honestamente? Na real, no fundo, não creio que Felipão irá levá-lo. E, honestamente, compreendo a decisão de deixá-lo de fora (se é que essa decisão será tomada). Jô não foi convocado nenhuma vez por ele, e não deve ser aos 45 do segundo tempo que será. Guardadas devidas proporções, é semelhante a Ganso e Neymar com Dunga em 2010. "Nunca jogou comigo, como posso levar?" Confesso que não gosto tampouco aprovo esse argumento, mas, convenhamos, ele é compreensível e aceitável (se é que Jô deixará de ser chamado por Scolari sob esse argumento).
PS: Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, sob o comando de Dunga, Jô era banco de Pato (e Sobis). Na partida que decidiu o bronze, citada na legenda da foto, ele foi titular e marcou dois gols. Relembre aqui e aqui.
No Twitter. No Facebook.
Um comentário:
With havin so much content do you ever run into any problems
of plagorism or copyright infringement? My
site has a lot of completely unique content I've either written myself or outsourced but it appears a lot of it is popping it up all over the internet without my authorization. Do you know any techniques to help reduce content from being stolen? I'd truly appreciate it.
Visit my blog post :: コーチ 財布
Postar um comentário