Quando um produto ou serviço detém com folga a maior fatia do mercado, e a empresa responsável por esse produto ou serviço entende que ele é tão bom que não precisa de aprimoramentos, não precisa de ações para torná-lo ainda mais dominante, diagnostica-se a miopia em marketing. "Somos líderes e em time que está ganhando não se mexe." Ledo engano, pois evoluir é sempre inteligente.
Guardadas devidas proporções, foi o que aconteceu com o Fluminense nessa temporada. Entorpecidos pela conquista do Brasileirão, penso eu que os dirigentes e a comissão técnica do clube de Laranjeiras sentaram no sucesso dos pontos corridos do ano passado, não foram ao mercado com o devido apetite, não contrataram ninguém e acabaram caindo da cadeira no mata-mata da Copa Libertadores.
Ninguém é exagero, claro, já que Rhayner é titular do time treinado por Abel Braga. Ainda assim, foi pouco. É verdade que contratações de peso não teriam garantido nada. Grêmio e Corinthians, por exemplo, trouxeram vários reforços dos bons (André Santos, Barcos, Vargas, Gil, Renato Augusto, Pato) e da mesma forma caíram por terra na competição mais importante do continente. Contudo, a meu ver, o esforço feito por eles foi louvável, enquanto a relativa acomodação do Fluminense é questionável - para não dizer condenável.
Dentro do alcance, por que a equipe patrocinada pela Unimed não contratou um ou outro jogador do alto escalão? Faltou dinheiro? Faltou criatividade? Faltou ambição? Ou será que sobrou confiança em cima do elenco campeão brasileiro? Honestamente, acredito na última opção. "Se ganhamos o Brasileiro com esse plantel, podemos ganhar a Libertadores." Talvez. Poderiam ter ganhado. Como poderiam ter sido eliminados mesmo se grandes reforços tivessem chegado. Sob meu ponto de vista, porém, a miopia em marketing, o sucesso do ano passado, cegou o tricolor carioca.
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Um comentário:
Tem a questão financeira, os bastidores conturbados por premiações e salários atrasados.
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