Time bom é aquele que o torcedor sabe de cor a escalação, do goleiro ao centro-avante. O torcedor, e o adversário.
Todo mundo conhece o jogo do Grêmio e o posicionamento de seus jogadores em campo. No entanto, ninguém consegue pará-lo. Não há motivos para Ceslo Roth querer "surpreender" o São Paulo. O tricolor gaúcho vai se impor contra o paulista como naturalmente se impõe contra qualquer um no Olímpico, jogando no clássico 3-5-2.
Do outro lado, a escalação são-paulina será conhecida somente minutos antes do jogo, e o posicionamento dentro das quatro linhas somente na hora do jogo. O site Globoesporte (Rogério; Ânderson, André Dias e Rodrigo; Zé Luís, Jean, Richarlyson, Hugo e Jorge Wágner; Dagoberto e André Lima) e Paulo Vinícius Coelho (Rogério; Ânderson, André Dias e Rodrigo; Jancarlos, Zé Luís, Jorge Wágner, Hugo e Richarlyson; Dagoberto e André Lima) apostam no 3-5-2. Eu aposto no falso 4-3-3:
Na verdade é um 4-3-3 com a bola. Sem ela é um 4-5-1. Quando os donos da casa tiverem a posse da bola, Dagoberto e Éder Luis (principalmente este) vão voltar para compor o meio-campo, e eventualmente formar uma linha com Jorge Wagner e Hugo, que podem inverter de posição ao longo da partida. Já Zé Luis, penso eu, vai marcar Tcheco individualmente, como já fez em outras ocasiões com outros camisas 10. Pergunte a Valdívia, ex-camisa 10 palmeirense, que já foi anulado pelo polivalente camisa 23 são-paulino.
Com a bola, Éder Luis vai abrir pela direita, Dagoberto pela esquerda, e André Lima vai jogar enfiado, como fizeram na goleada de 4 a 0 contra o Vasco. Três atacantes para três zagueiros. Os outros atletas que vão atacar pelo São Paulo serão Hugo e Jorge Wagner. Ou seja, os visitantes atacarão com cinco, no máximo seis atletas, já que Zé Luis será a sombra de Tcheco, e que os laterais, Richarlyson mais ainda, vão apoiar timidamente, por causa dos avanços excessivos dos alas gremistas.
Entrar assim contra o Grêmio, em Porto Alegre, é muita ousadia. Ou loucura. Por isso o mais esperado é que o São Paulo volte ao 3-5-2. Mas para quem perdeu no turno (1 a 0 Grêmio no Morumbi), o empate no returno não interessa. O risco é grande, mas deve ser corrido.
Um comentário:
Que vença o melhor, desde que o melhor seja o tricolor dos pampas!
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