Finalmente chegou o dia. Às 15h45 os campeões espanhol e inglês, aclamados por crítica e público como os maiores times do mundo na atualidade, com os melhores jogadores do mundo na atualidade, medem forças no Estádio Olímpico, em Roma, pela final da Liga dos Campeões da Europa.
Vejamos algumas possibilidades.
Muita posse de bola é uma das características deste Barcelona, a média é de quase 70%. Por isso, entre as três formações usuais (
4-1-4-1,
4-4-2 e 4-2-3-1), acredito que o Manchester iniciará na mais segura. Em tese.
Se isso acontecer, a partida ficará espelhada taticamente: os pontas baterão com os laterais adversários, os meias baterão com os meias, e os volantes (Carrick e Busquets) atuarão na cobertura. A diferença é que Rooney e Park são mais efetivos na marcação que Henry e Messi.

Outra alternativa para os Diabos Vermelhos neutralizarem a arisca troca de passes azul-grená seria a inversão da meia-cancha: dois na contenção (Anderson e Carrick) e um na articulação. Neste 4-2-3-1 Giggs sofreria o combate de Busquets, e seria o grande responsável em abastecer o trio de ataque.
Creio eu que neste esquema (abaixo) o Manchester teria mais a bola no pé e não ficaria tão refém do contra-ataque.

A terceira opção seria Tevez (ou Berbatov) na frente, ao lado de Cristiano Ronaldo. Desta forma o Barça levaria vantagem no miolo do meio-de-campo. Apesar de que o 28 catalão teria muito trabalho e poucas oportunidades para subir.
Penso eu que este 4-4-2 seria adotado somente em caso de urgência.

Entre as três planificações táticas, acredito que o atual campeão da Liga dos Campeões escolherá a primeira. Porque teoricamente é a mais consistente para frear Messi, Henry e Eto'o, sem abidcar de agredir, pois Rooney e Park são velozes e furiosos na retomada.
O Barça, por sua vez, imagino eu, não irá mexer em sua consagrada estrutura (embora há quem aposte que Guardiola possa escalar três zagueiros).
Nós, brasileiros, pelo estilo ofensivo de jogo e pelo histórico recente de compatriotas que por lá passaram, palpitamos com o coração quando falamos do Barcelona. Porém quando pensamos com a razão, fica difícil não apontar o Manchester United como maior candidato ao título. (Vale lembrar que na semi contra o Chelsea, equipe semelhante física, tática e estrategicamente ao Manchester, o Barcelona foi pior. Só conseguiu a classificação graças ao gol fora de casa no último minuto. Não bastasse isso, Abidal, Rafa Márquez e Daniel Alves são desfalques.)
É por estas e outras que o clube inglês entra como favorito neste duelo final. Mas, independente de quem saia vencedor, tomara que a expectativa criada em cima deste confronto seja alcançada, ou quem sabe superada.