Qual a receita do sucesso espanhol? Entrosamento, paciência e convicção na filosofia de jogo são alguns dos ingredientes. Além da qualidade técnica (sem ela nada é possível), o grupo campeão da Euro 2008, da Copa de 2010 e da Euro 2012 tem pelo menos três capítulos garantidos no livro das grandes seleções da história do futebol mundial.
Antes da competição, quando se discutia Torres, Llorente ou Negredo como centroavante, Del Bosque apostou em Fàbregas vestido de falso 9, e deu no que deu. Contrariando a preferência de maior parte torcida, inclusive a minha, o treinador manteve o camisa 10 entre os onze, e ele correspondeu as expectativas. Ou melhor: superou-as, pelo menos na decisão diante da Itália.
Neste domingo, no meio de campo, com as integrações de Silva e Iniesta pelo setor, a Fúria dominou a partida ao seu estilo de posse e toque com cinco homens no gramado ofensivo, noves fora a presença do falso 9 - sem falar no apoio dos laterais, em especial Alba, que deixou o dele na final após contra-ataque e assistência de Xavi, o pé pensante da equipe.
E o que falar do sistema defensivo? Quase 1000 minutos sem sofrer gols em mata-mata, graças não somente ao goleiro e à dupla de zaga, mas sim a todo time, que marca por pressão, rouba a bola e a mantém sob domínimo durante a maior parte do tempo (sem a bola o adversário não pode ameaçar). E a força do elenco? Torres e Mata saíram do banco e balançaram a rede na segunda etapa, decretando o 4 a 0 sobre os italianos (e ainda tem David Villa, que perdeu a Euro).
A sorte do Brasil e das demais seleções é que a Copa do Mundo não é amanhã. Porque se fosse, alguns degraus acima do resto, seria difícil tirar a taça da experiente papa-tudo Espanha.
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