No Brasil, o tempo e o espaço jogam a favor do craque. Se na Europa o jogo é mais rápido e encurtado, por aqui é mais lento e espaçoso. Lá não há tempo para pensar. Aqui, sobram segundos. Em outras palavras, lá o jogo é mais "tático".
Por isso imagino que Seedorf irá deitar e rolar no Brasileirão. Aos 36 anos de idade, o meio-campista terá no passe, nos lançamentos e na distribuição de jogadas seus pontos fortes. Aos 36 anos, o holandês não precisará de pernas e pulmões de vinte e poucos para desequilibrar.
Outro fator positivo da contratação do Botafogo é que, ao contrário de outros atletas brasileiros, Seedorf tem conduta de atleta. Profissional dentro e fora de campo, o ex-Milan, fluente em português, casado com brasileira, ao que tudo indica, não cairá nas tentações que o Rio de Janeiro oferece.
Quanto ao time em si, não tenho dúvida que irá se adaptar com rapidez. Seja no habitual 4-2-3-1 alvinegro, num possível 4-4-2, ou até mesmo no 4-3-3, creio que Seedorf será o dono da bola. Para que a equipe engrene, porém, é preciso treinamento, entrosamento, ajuda dos companheiros, e, claro, condições de trabalho concedidas pelo clube - entre elas, salário em dia.
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