Para minha surpresa, a seleção olímpica jogou com Neymar pela faixa central, no primeiro tempo do amistoso contra a Grã-Bretanha, nesta sexta, em Middlesbrough. A movimentação do camisa 11, aliada ao comportamento dos extremos, permite a interpretação do 4-4-2 em linha.
Curiosamente, Oscar e Hulk foram os atletas das beiradas. Houve a inversão de lado entre eles ao longo do confronto, contudo na maior parte do tempo o 10 atuou pela direita e o 12 pela esquerda. É verdade que, com a bola, o colorado aparece por dentro para se aproximar dos outros. Sem ela, porém, fecha o flanco do campo.
Confesso uma certa relutância em relação a essa distribuição no começo da partida, mas depois me dei conta que pode se tratar de uma variação, um plano B, algo essencial num time de futebol.
Digo plano B porque parece-me claro que o A é o 4-2-3-1. A impressão que tenho é que Mano utilizou esses últimos amistosos para testar variações táticas. Posso estar escrevendo uma tremenda bobagem, todavia entendo que esse 4-4-2, com Neymar pelo centro, é a alternativa imediata ao 4-2-3-1.
Tanto é que na segunda etapa contra os anfitriões das Olimpíadas, o esquema que interpreto titular voltou ao gramado, com Ganso pela faixa central, Lucas aberto à direita, Neymar na dele, aberto à esquerda, e Pato mais avançado.
Complicado avaliar a diferença dos dois no mesmo jogo, até porque quando Ganso, Lucas e Pato entraram o duelo já estava definido, e muitas alterações pelo lado britânico já haviam sido feitas. Que o desempenho individual e coletivo dos três foi satisfatório, foi, no entanto, como disse, é difícil uma avaliação mais fiel.
O saldo que tiro deste jogo é a solidificação de um plano B. As I said, posso estar enganado. Quem sabe o 4-4-2 em linha seja o plano A do treinador. Mas na estreia diante do Egito, dia 26, imagino que Oscar será o armador, e Hulk e Neymar os ponteiros do 4-2-3-1.
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