sexta-feira, março 21, 2014

Raposa se complica na Libertadores

Enquanto a torcida gritava "Mais um! Mais um! Mais um!", o time tocava lá atrás para passar o tempo, numa espécie de Tiki-Taka entre os zagueiros, os laterais e o goleiro. Nos minutos finais da partida, embriagado por um medo e um nervosismo contagiantes, o Cruzeiro nitidamente não soube o que fazer com a bola. E como diz Muricy, a bola pune. Ao apito final, a torcida gritou "Vergonha! Vergonha! Vergonha!".

Com 2 a 1 em vantagem no placar, nos últimos minutos do jogo o Cruzeiro parecia se sentir mais pressionado do que o adversário, quando na verdade era ele quem deveria pressionar o adversário. Okay, se não pressionar numa busca insana pelo terceiro gol, pelo menos segurar a bola no campo ofensivo. Era o mínimo a se fazer, ainda mais com dois homens a menos em campo, expulsos no primeiro tempo (um de cada lado). Havia espaço de sobra para manter a posse lá na frente, se não feito louco, sempre à procura do terceiro gol. O que se viu, no entanto, foi um time sem noção do que fazer com a bola no pé nos minutos finais. Se Éverton Ribeiro não tivesse sido substituído, talvez o desfecho tivesse sido diferente.

Não bastasse estarem perdidos com a bola, sem ela os donos da casa também vacilaram. No minuto derradeiro uma falha grotesca da marcação por zona deu origem ao gol de empate do Defensor, que complicou a situação da equipe de Marcelo Oliveira no grupo 5 da Libertadores. Não bastasse ter falhado no primeiro gol do time uruguaio (Dedé idem), Rodrigo Souza cedeu espaços demais para a criação da jogada do segundo tento. Mas enfim, erros individuais à parte, o grande pecado do Cruzeiro na noite desta quinta-feira, no Mineirão, foi de ordem coletiva, pois como disse, não soube o que fazer com a bola nos minutos finais da partida. E como diz Muricy, ela pune.

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