Toda transformação exige um período de adaptação. Nada se muda da noite pro dia. Inclusive o sistema tático de um time.
A exemplo do que fez Paulo Autuori no Grêmio, Ricardo Gomes pretende trocar o 3-5-2 pelo 4-4-2 no São Paulo. Ambos torcem o nariz para três zagueiros, preferem dois.
Estou com eles, jogar com uma linha de quatro lá atrás é mais benéfico. Se o elenco permite (como são os casos, na minha opinião) que se monte a linha de quatro.
Contudo, no caso específico do São Paulo, a raiz do problema está lá na frente. O principal fator (não o único) que atrapalha o futebol do Tricolor não é a presença ou não dos três zagueiros, mas sim as de Washington e Borges.
3-5-2, 4-4-2, tanto faz. Se este 2 do ataque for composto por atacantes que buscam o mesmo espaço, que não têm facilidade, mobilidade e qualidade para cair pelos lados, que possuem características semelhantes, as opções de jogadas ficam restritas. Em outras palavras, Borges e Washington não se complementam. E toda equipe paga por isto.
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