terça-feira, junho 01, 2010

A soma do banco de reservas

A numeração da Copa passada me incomodava. Não ela em si, mas sim sua presença contínua. A maioria das outras seleções, talvez todas elas, menos o Brasil, tinha entre os titulares o camisa 16, o 21, o 14. O 15 ou o 17. A Seleção, não. Era, bem provável, a única entre as trinta e duas escalada bonitinha de 1 a 11.

Eu gosto da escalação de 1 a 11. Ela reflete a equipe titular na cabeça do treinador. Essa prática, porém, revela uma coisa: sou, e creio que boa parte dos brasileiros também é, viciado na chamada 'equipe titular'. Quando um técnico fala que não existem onze titulares, por exemplo, e sim uns quatorze, quinze, dou risada e torço o nariz porque sou maníaco pelo 1 a 11.

A qual conclusão se chega com a lista divulgada nesta terça-feira? Gomes é o segundo goleiro, Michel Bastos e Elano titulares. Esse é o time da estreia contra a Coreia do Norte, o conhecemos de cor e salteado. De 1 a 11. É legítimo. Só não pode haver, a meu ver, pudor, tanto por parta da comissão, da imprensa e da torcida, na hora de promover mudanças no time, seja durante ou entre uma partida e outra. Afinal, no melhor dos mundos, são apenas 7 jogos. O tiro é curtíssimo. Claro que há casos e casos, todavia se o "reserva" entra e rende mais coletiva e individualmente, não dá para insistir no "titular".

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