Essa taça não é fruto exclusivo do trabalho feito nesse ano. Vem lá de trás, do início da gestão Andrés Sanchez. Vem de 2008, da segunda divisão, com Mano Menezes no comando da reestruturação do time. Vem de 2009, do departamento de marketing, que conseguiu arquitetar uma maneira de trazer Ronaldo, que por sua vez abriu as portas do clube para maiores investimentos. Vem de 2010, quando perdeu nas oitavas para o Flamengo e foi ganhando cancha. Vem do ano passado, de Andrés, que manteve Tite contra tudo e contra todos no primeiro semestre, após a eliminação para o Tolima, e deu no que deu: campeão brasileiro em 2011, campeão das Américas em 2012.
Mas, evidente, vem de Tite - técnico campeão da Copa do Brasil com o Grêmio, da Sul-Americana com o Internacional, do Brasileirão e da Libertadores com o Corinthians. Técnico trabalhador, honesto, convicto e antenado ao mundo da bola (talvez ninguém mereça mais do que ele). Deixou seus atacantes em má fase no banco (Elton e Liedson), apostou em Alex de falso 9 (inspiração em Guardiola?), e colheu o risco. É verdade que na finalíssima, no Pacaembu, a equipe enfrentou o Boca com Emerson na referência, Danilo aberto na esquerda e Alex por dentro do tradicional 4-2-3-1 alvinegro (que vem desde os tempos de Mano). Porém é preciso ressaltar essa mudança tática, com o camisa 12 mais à frente, ao longo do torneio.
Vem também do elenco, que assimilou as ordens do treinador com profissionalismo, disciplina e comprometimento. Não à toa o título veio de forma invicta, com apenas 4 gols sofridos em toda competição. Resultado alcançado não só por causa de Cássio, Chicão, Castán ou Ralf, mas sim em função de todos, que correram como raros quando estavam sem a bola. E quando a retomavam, sabiam o que fazer com ela. Que o diga Sheik, artilheiro do time com 5 gols (um contra o Santos na Vila, assistência para Romarinho na Bombonera, dois contra o Boca no Pacaembu). Ou Danilo, vice-artilheiro com 4. E o que dizer de Paulinho? Fez os corintianos esquecerem Elias, Jucilei e cia. O mesmo serve para Jorge Henrique, o pulmão da esquadra. Além de Fabio Santos, Alessandro, Edenílson...
E, por fim, essa conquista vem da torcida. Ao contrário de outras edições, nessa os torcedores souberam encarar a temida e deseja Libertadores como gente grande, aparentemente acostumados à situação. Em 2012, ao contrário de outros anos, não pareceu que o Corinthians era aquele clube obcecado pelo troféu continental. Ao contrário de outras participações, nesse ano a ansiedade deu lugar à tranquilidade, e isso se refletiu não só dentro de campo, nos atletas, mas também na massa país afora.
Enfim, finalmente o dia chegou. O Corinthians é campeão da Copa Libertadores da América. Pela primeira vez. E isso é só o começo...
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2 comentários:
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Carlão... só agora vi seu post. Falou bem sobre a conquista, a análise foi perfeita. De fato, a tranquilidade foi o trunfo da equipe e dos torcedores, que viam no time o comprometimento e a falta de ansiedade necessários para alcançar o topo da américa. O melhor do texto, ficou na parte final, na qual concordo: "... isso é só o começo"! Hehehe!! Abraços
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