Denilson na cabeça de área, Maicon à direita, Cícero à esquerda e Jadson na ligação dum 4-4-2 em losango. Esse foi o meio campo escalado por Ney Franco, nesta terça, no Morumbi, na partida de volta da Sul-Americana, diante do Bahia. Na frente, Ademilson e Lucas - sendo esse bem aberto na direita, como de praxe.
No entanto, antes da metade do primeiro tempo, o técnico tricolor promoveu uma alteração curiosa: transformou Cícero em centroavante, enfiado entre os zagueiros adversários - sinal de duas coisas, a meu ver: um plano B ensaiado no bolso, pois modificações táticas dessa estirpe demandam treinamento; e falta de confiança em Ademilson ou até mesmo em Willian José como substituto de Luis Fabiano.
É verdade que Ademilson rendeu pouco na ponta esquerda, tanto é que foi trocado por Osvaldo na segunda etapa. Cícero, por sua vez, até trabalhou bem como 9. Maicon idem, como segundo volante. A equipe subiu de produção e chegou aos 2 a 0 (com Willian José em campo, autor de um golaço, inclusive).
Me vem à cabeça, porém, o onze e o esquema que Ney pode utilizar daqui pra frente, como todo o elenco à disposição, evidentemente. A primeira mudança em relação ao time de ontem é Douglas na lateral direita, óbvio, na vaga de Paulo Miranda. A segunda é a presença de Wellington ao lado de Denilson. Antes de se machucar, no ano passado, o 5 era titular absoluto, com potencial para participar das Olimpíadas. Resta saber como ele vai voltar depois de tanto tempo parado. E a terceira é a titularidade de Osvaldo, jogador rápido e habilidoso, pronto para a ponta esquerda.
Não sei o que Ney tem em mente daqui pra frente. Contudo, baseado no plantel e na proposta de jogo que ele pode oferecer, um 4-2-3-1, com dois pontas agudos (Lucas e Osvaldo, ou Ademilson), um 9 de referência, goleador (Luis Fabiano), um organizador que sabe chegar na área e finalizar de fora (Jadson), dois laterais que sabem apoiar (Douglas e Cortez), e dois volantes de qualidade com a bola no pé, que podem se revezar no avanço (Wellington e Denilson), talvez seja a formação mais indicada.
Só para não perder o gancho da notíca da semana, sobre a possível chegada de Paulo Henrique Ganso, Ney Franco poderia adotar o mesmo 4-2-3-1, com o santista centralizado e o destro Jadson deslocado à esquerda (Osvaldo no banco). Me parece, todavia, que não é uma negociação fácil de ser concretizada. De qualquer forma, com ou sem Ganso, o Tricolor tem peças e comissão técnica para buscar uma vaga no G4 do Brasileirão. Basta a equipe encontrar sua cara, ter continuidade, e engrenar.
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Um comentário:
Acho que o mais correto seria a entrada de um zagueiro no lugar de Osvaldo. Daria segurança aos alas que não marcam bem, principalmente o Douglas e, ao mesmo tempo, teriamos no banco (Osvaldo), um excelente jogador para mudar a cara de um jogo.
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