Aos poucos Roberto Di Matteo vai encontrando o time ideal. No começo da temporada chegou a escalar Oscar na ponta esquerda, com Hazard por dentro do 4-2-3-1. Mas o camisa 11 acabou dono da faixa central e o 17 da ponta esquerda (assim). Já a direita, ao que tudo indica, está entre Mata e Ramires.
Quando entra Mata, o Chelsea trabalha com pontas de pés opostos (destro à esquerda, canhoto à direita). Querendo ou não, as entradas em diagonal dos extremos abrem espaços no corredor para a subida dos laterais, sem falar na integração ao meio de campo. A valorização da posse de bola com a qualificação do passe também aumenta com o espanhol no gramado.
Quando entra Ramires, o Chelsea fica mais voltado ao contra ataque. Atleta de condução em alta velocidade, o brasileiro tem na arrancada, vindo de trás, o seu ponto forte. Em regra escalado na extrema direita (foi assim na temporada passada), o camisa 7 é a principal válvula de escape da equipe londrina. (Só um parênteses: contra o Norwich City, neste sábado, ele entrou no segundo tempo na posição de Lampard, como segundo volante, tendo a linha de três Mata, Oscar e Hazard.)
Quem leva essa briga? Creio que vai depender do adversário e do contexto do jogo. De acordo com o panorama da partida, a melhor opção será ter um ou outro entre os onze. Ou eventualmente os dois, claro. Uma hora ou outra, todavia, vai afunilar, e nas fases decisivas, o treinador terá de optar por apenas um.
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