Oswaldo de Oliveira me lembrou Tite. No clássico deste sábado, no Engenhão, o treinador do Botafogo estruturou um time semelhante ao do Corinthians nas fases decisivas da Libertadores. Mal comparando, contra o Fluminense, Andrezinho e Seedorf cumpriram os papéis de Danilo e Alex.
Elkeson vem jogando como centroavante na equipe alvinegra há dias. Mas ontem foi escalado na extrema direita, com Fellype Gabriel no lado oposto. Imagino eu que a intenção em botar o camisa 9 numa das beiradas tenha sido a marcação aos ofensivos laterais do Tricolor. Elkeson tem, em tese, mais perna e pulmão para a função. Já na meia cancha defensiva, Gabriel e Jadson formaram a dupla de volantes, sendo o 5, durante grande parte da partida, o marcador individual de Deco.
Vale registrar que, sem a bola, muitas vezes os pontas se alinhavam aos volantes, alternando o esquema tático para o 4-4-2 em linha, com Andrezinho e Seedorf na frente. O posicionamento e a movimentação deles, aliás, foram as coisas que mais me intrigaram. Não é exagero dizer que o holandês foi o (falso) nove do Botafogo.
Entendo a ideia inicial de Oswaldo. Mas discordo. Não que Seedorf não tenha qualidade para ser improvisado por ali. Até tem. Contudo é um desperdício. Pelo seguinte: são nos passes e nos lançamentos que o camisa 10 é diferente. Com ele na frente, não há quem pare e pense o jogo mais atrás. Verdade que vez ou outra ele revezava com Andrezinho, voltava um pouco mais para tentar armar, com ambos flutuando entre os zagueiros e os volantes adversários. Mas ainda assim, para mim, um desperdício.
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Um comentário:
Botafoooooooooooo!
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