O zero a zero não iria traduzir o que foi a partida. A supremacia dos donos da casa foi constante do início ao fim, visto que os arremates a gol ao apito final registraram 20 a 6 - número que reflete o que foi a partida. Logo, justa e merecidamente, de tanto martelar, o Porto chegou ao gol aos 83 minutos com James Rodríguez.
Postado no 4-1-4-1, o time treinado por Vítor Pereira explorou as jogadas pelas extremas à exaustão, em especial a esquerda, com Alex Sandro e Varela. Para evitar a sobrecarga em Van der Wiel, Chantôme auxiliou a marcação por aquele lado. Com isso o sistema defensivo da equipe francesa se abriu e a superioridade numérica no setor do meio campo em favor do PSG ficou apenas na teoria.
Superioridade numérica porque Carlo Ancelotti mandou a campo seus atletas distribuídos no 4-4-2 em losango, com Verrati centralizado, ora pegando Moutinho, ora Lucho, os carrilleros Chantôme e Matuidi mais vigiando os laterais do Porto do que aparecendo na frente, e Nenê na ligação. A bola, porém, pouco chegou ao ataque, onde Ibrahimovic e Ménez ficaram meio que a ver navios.
No início do segundo tempo Chantôme e Matuidi bem que tentaram cumprir também as funções ofensivas, totalmente esquecidas na primeira etapa. Mas foi alarme falso. Fogo de palha. Sem alterar sua maneira de atuar, os dragões continuaram dominando o combate, criando chances atrás de chances - até o gol de James.
Se por um lado, a meu ver, Pereira foi bem no planejamento e na execução de sua estratégia, Ancelotti falhou. Falhou ao iniciar com Lavezzi na reserva, e ao promover substituições seis por meia dúzia no segundo tempo (Van der Wiel por Jallet, Ménez por Lavezzi), sem mexer no esquema tático, sem ousar. Outra bola fora foi colocar e tirar Lavezzi no segundo tempo. O argentino ficou apenas 7 minutos no gramado, e saiu chutando tudo no banco. Aparentemente a relação entre eles é terrível.
Com a vitória por 1 a 0, nesta quarta-feira, o Porto assumiu a liderança isolada do Grupo A da Champions League, com 6 pontos; em segundo vem o PSG com 3, e em quarto o Dínamo de Kiev, também com 3. Já o Zagreb segura a lanterna, com duas derrotas em dois jogos.
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Um comentário:
Estive no Dragão.
Moutinho esteve enorme, encheu o campo, passou muito por ele a superioridade demonstrada pelo FCP.
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