Estranhei mas entendi a escolha de Ferguson. Giggs, Welbeck e Nani no onze inicial indicaram a estratégia, mais do que legítima, adotada pelo treinador: o contra ataque. Em vantagem no placar (1 a 1 na ida), o Manchester United teve em tese qualidade nos lançamentos com seu camisa 11, e velocidade na condução da bola com o 17 e o 19 (peças para contra golpear). A qualidade de Rooney é incontestável, porém sua reserva foi, vá lá, compreensível.
O panorama do primeiro tempo, portanto, foi o visitante mais tempo com a posse, enquanto o mandante se defendeu, engatilhado para contra atacar – a exemplo da partida do Santiago Bernabéu. Quanto aos duelos individuais do meio campo, Welbeck marcou Alonso, Cleverley pegou Khedira, e Carrick vigiou Özil (embora o 10 merengue caísse bastante pela meia direita, onde era cercado pelo 23 dos Red Devils; e Carrick estivesse mais preocupado com a cobertura de Cristiano Ronaldo).
Na segunda etapa o desenho foi outro, sobretudo por causa da expulsão de Nani aos 12 minutos. Com Kaká no gramado (Di María sentiu antes do intervalo e saiu), Özil na ponta direita, Khedira na lateral direita e Modric segundo volante, os blancos se impuseram tática, técnica e numericamente. As compactas duas linhas de quatro com Welbeck e Giggs nas extremas e Van Persie na frente não foram suficientes para evitar a virada (gols de Modric e Cristiano Ronaldo).
Com sua terceira alteração, Mourinho se preveniu e matou qualquer fio de esperança que pudesse existir no Old Trafford: colocou Pepe na lateral direita, retornou Khedira à meia cancha, ao lado de Alonso, abriu Higuaín na beirada e deixou CR7 na referência do ataque. No fim das contas, 2 a 1 para o Madrid, talvez o grande favorito à taça da Champions League 2012/13 (se consumada será a décima do clube espanhol). Agora é aguardar pelo sorteio das quartas de final.
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