Cesc Fàbregas e Andrés Iniesta. Posso estar enganado, porém tenho a impressão de que a principal diferença entre o time de Pep Guardiola e o de Tito Vilanova passa pelos pés deles. Pela presença de um e, especial e consequentemente, pelo deslocamento do outro.
Quando desembarcou no Camp Nou, do meio pra frente todos tinham seu posto. O trio de ataque era composto por Pedro, Messi e Villa, e a meiuca ocupada por Busquets, Xavi e Iniesta. Nitidamente o ex-atleta do Arsenal tinha chegado para ser, num primeiro momento, banco dos meias. Lá pelas tantas, no entanto, Guardiola “inventou” (mais uma “invenção” dele) uma nova posição para Iniesta, que eventualmente passou a jogar pela ponta esquerda do 4-3-3, abrindo assim uma vaga para o camisa 4, ao lado de Xavi.
Embora Iniesta não seja um atacante nato, a equipe catalã não perdeu profundidade com ele na ponta esquerda. Continuou no mesmo ritmo e estilo de jogo, sem tirar nem pôr, dominando os adversários a passes curtos e pacientes, à espera da infiltração na área. A bem sucedida opção por Fàbregas no meio e Iniesta à esquerda, contudo, não era regra. Era exceção. Era mais uma opção no cartel de Guardiola (assim como o 3-4-3, por exemplo).
Já na temporada 2012/13, a exceção virou regra. Não sei por quê. Talvez a ideia de ter Iniesta na ponta e Fàbregas no meio agrade demais Vilanova. Talvez as outras alternativas para as beiradas (Villa, Alexis, Tello) não gozem da confiança do treinador. Talvez o futebol de Fàbregas seja imprescindível ao time ideal de Tito, vai saber. Não sei. Só sei que se a regra continuar sendo Iniesta aberto à esquerda (e Fàbregas por dentro) a tendência é o declínio.
PS: Tinha levantado essa bola em abril de 2012 nesse post.
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Um comentário:
Bem interessante sua análise Carlão.
Acredito que falta domínio do elenco todo ao Tito para conseguir escalar o time conforme a necessidade do jogo ou alterá-lo durante a partida.
Abraços,
Renan.
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